Padre de SC exposto em conversas picantes foi vítima de ‘stalking’, diz Polícia
A Polícia Civil afirmou que a pena pode ser triplicada por conta dos crimes terem sido praticados por meio das redes sociais
• Atualizado
O padre Joel Savio, atual reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora do Caravaggio, em Nova Veneza, no Sul de Santa Catarina, teria sido exposto em conversas picantes no mês de fevereiro deste ano, com isso, uma investigação se iniciou e foi descoberto que o religioso, na verdade, era vítima de ‘stalking’.
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Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), o padre vinha sofrendo perseguições, atos de injúria, calúnia e difamação. “Os atos atribuídos a ele, que não foram cometidos, são muito desonrosos, em especial em relação à condição dele de padre, de atos sexuais com pessoas em orgias, tudo isso para descredibilizá-lo perante, não só a população, mas aos fiéis e colegas padres dentro da própria igreja”, relatou o delegado Marcio Campos Neves.
O delegado, em vídeo ao SCC10, disse que uma mulher procurou várias pessoas — inclusive da igreja —para ofender e difamar o padre. Com mandado de busca e apreensão foi comprovada a autoria do crime. “Essa mulher reside na cidade de Imbituba e, a partir disso, a gente conseguiu comprovar todos esses crimes contra a honra e também o crime de stalking, por conta da reiteração de atos, já que ela ficava perseguindo o padre, inclusive em redes sociais, em transmissões de missas, de textos”, afirmou.
A mulher responderá pelos crimes de stalking, difamação e injúria. A Polícia Civil afirmou que a pena pode ser triplicada por conta dos crimes terem sido praticados por meio das redes sociais.
“As partes fizeram um acordo, ela se retratou, inclusive ela confessou no depoimento, e fizeram um acordo para poder tentar encerrar toda essa investigação”, disse Neves.
O que diz a Diocese de Criciúma?
“A igreja não se precipita. Nós queremos achar a verdade. A sociedade é regida pelo direito civil. E a igreja é regida pelo direito canônico. Então precisamos progredir nos dois campos. Nós sempre tomamos previdências desses casos e chegamos ao fim deste triste episódio. E esperamos que não aconteça novamente. Se acontecer, tomaremos novamente as providências”, disse o Bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deve dar prosseguimento no caso.
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