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COMUNIDADE

Obras da SC-401: moradores temem inundações e cobram ajustes em audiência pública

Preocupação é com falta de segurança para ciclistas na SC-401 e sistema de obras para evitar inundações

• Atualizado

Danilo Duarte

Por Danilo Duarte

Moradores apontaram problemas em obras da SC-401 durante audiência pública na Alesc – Foto: Alesc / Divulgação
Moradores apontaram problemas em obras da SC-401 durante audiência pública na Alesc – Foto: Alesc / Divulgação

A construção de terceiras pistas na SC-401, principal ligação de Florianópolis com o Norte da Ilha, em um trecho de 7 km (entre o Morro das Madeireiras e Cacupé), está no centro de uma polêmica devido a problemas apontados por moradores e representantes da sociedade civil em audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), realizada nesta quinta-feira (10). A principal preocupação é a falta de um sistema eficiente de macrodrenagem, que eleva o risco de inundações, situação que já se manifestou em janeiro deste ano.

O encontro foi solicitado pelo deputado Marquito (Psol) e revelou um quadro de insegurança e falta de planejamento. Além do risco de alagamentos, o projeto também foi criticado por ciclistas, que consideram a ciclofaixa de sentido único (centro-bairro) inadequada e perigosa.

Usuários do transporte coletivo também apontaram preocupação, como a faixa exclusiva para ônibus. O atraso na conclusão, que não deve ocorrer a tempo da prometida temporada de verão, completa a lista de insatisfações.

O diretor de fiscalização da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Luiz Pantoja, compareceu à audiência e se comprometeu a receber as demandas da comunidade. Ele admitiu que, mesmo com a ampliação de dutos de drenagem pluvial, existem pontos críticos, como no trevo de acesso ao bairro de Cacupé, que exigem desapropriações e demolições de residências que não foram previstas inicialmente no projeto.

Pantoja destacou que a macrodrenagem além da faixa de domínio da rodovia depende de um acordo e entendimentos entre o governo do estado e a Prefeitura de Florianópolis.

Ele ainda reconheceu que as obras devem se estender para implantar viadutos no trevo do loteamento Açores e no acesso à rodovia Virgílio Várzea, no Saco Grande, e para novas passarelas no Morro das Madeireiras e no bairro João Paulo.

O deputado Marquito disse que levará uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), relatando os problemas apontados, especialmente a falta de previsão de ações conjuntas entre estado e prefeitura para solucionar a macrodrenagem.

Ele considera envolver a gestão de recursos públicos e a segurança da população nas próximas discussões. Marquito também deve convocar uma nova audiência para acompanhamento do tema.

Moradores questionam segurança na SC-401

As declarações dos participantes evidenciam a gravidade da situação. A presidente da Associação Comunitária do Monte Verde (Aprocom), Denise Zavarize, resumiu o temor dos moradores: “A cada chuva, nós não dormimos, pensando que vamos ter que tirar as pessoas de suas casas”.

Ela criticou duramente a execução da obra: “Asfaltar sem drenagem é irresponsabilidade e falta de respeito.” Leonardo Mecabô, morador do acesso ao Cacupé, lembrou que o projeto de macrodrenagem é antigo, existindo desde a década de 90.

O vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré (Psol), afirmou que “a SC-401 não foi pensada para a ocupação que tem hoje”. O representante da Amobici, Fabiano Fávero, protestou contra a ciclofaixa apenas em um único lado, questionando a segurança: “Ciclista parece persona non grata.”

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