Moraes vota por condenação de homem que furtou bola autografada por Neymar
Objeto foi furtado durante atos golpistas de 8 de janeiro de 2023
• Atualizado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e furtar uma bola assinada por Neymar, exposta no Congresso Nacional. O objeto foi devolvido dias depois, mas a justificativa dada pelo réu foi rejeitada.
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Bola autografada por Neymar foi furtada durante invasão ao Congresso
Nelson Ribeiro ficou conhecido por ter levado a bola de futebol autografada por Neymar durante a invasão ao Congresso Nacional em janeiro de 2023. Ao se entregar à Polícia Militar em Sorocaba, ele confessou o furto e entregou o objeto, alegando que queria “salvá-lo da destruição”.
Mas o ministro Alexandre de Moraes não aceitou essa versão. Para ele, a devolução feita em 28 de janeiro, 20 dias após o crime, foi tardia e contradiz a tentativa de justificar boa-fé.
“A devolução tardia e a ausência de qualquer registro de entrega espontânea imediata afastam a alegação de proteção do objeto e revelam a posse dolosa, ainda que revestida de posterior arrependimento”, escreveu o ministro.
Acusações
No voto apresentado no plenário virtual do STF, Moraes enquadrou Nelson nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, furto qualificado e associação criminosa.
A proposta de pena soma 17 anos de prisão, com cumprimento em regime inicialmente fechado, além de 130 dias-multa. Moraes também determinou o pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, valor que será dividido com os demais envolvidos na invasão à Sede dos Três Poderes.
Para o ministro, a tentativa de justificar o furto como um ato de proteção não se sustenta. “A posterior restituição voluntária do bem não elide a tipicidade da conduta do acusado, consistente em integrar a massa de manifestantes e participar da invasão de prédios públicos”.
Ainda segundo Alexandre de Moraes, o próprio réu admitiu em juízo que entrou no Congresso e levou a bola. “A narrativa de que teria tentado salvar a bola não se sustenta diante do contexto”, completou.
*As informações são do SBT News.
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