Órgão ambiental de SC explica origem da espuma e manchas na água da Lagoa da Conceição
Primeiros relatos de manchas e espuma na Lagoa da Conceição foram registrados em outubro e reapareceram na última semana
• Atualizado
O Instituto do Meio Ambiente de SC (IMA) divulgou a explicação para a origem da espuma e das manchas na água da Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Os primeiros relatos foram registrados em outubro e reapareceram na última semana.
De acordo com o órgão ambiental catarinense, as características são “semelhantes ao fenômeno diagnosticado no Relatório Técnico nº 1576/2025/IMA/CFI, emitido em 15 de outubro de 2025, que indicou tratar-se de espuma de origem biogênica, não associada à contaminação química de origem artificial.“
Com isso, a explicação para a espuma e as manchas estaria numa possível combinação entre a decomposição natural das algas existentes na Lagoa da Conceição e a passagem de um ciclone pelo litoral catarinense.
Ainda conforme o relatório do IMA, a análise aponta que há um padrão de decomposição da biomassa, ou seja, de algas marinhas, e que a situação é “reforçada agora pela identificação de espécies marinhas e estuarinas que evidenciam a intrusão de águas oceânicas.”
Espuma e manchas na Lagoa são resultado de esgoto, diz especialista
O consultor em saneamento básico, Yuli Mello Dugaich, afirma que “as manchas escuras, a água turva e a espuma na Lagoa da Conceição são sinais da liberação de fósforo e nitrogênio, causada pela proliferação e morte de algas marinhas que se alimentam de materiais provenientes do despejo de esgoto“.
Ele também aponta que a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) instalada na região “infiltra” o esgoto tratado e o acúmulo de materiais faz com que a situação continue. Como não há circulação e troca de água, não há redução de materiais provenientes do despejo de esgoto.
É preciso ações estratégicas para que haja uma situação definitiva, diz Dugaich. Ele relembra o extravasamento da ETE da Lagoa da Conceição, que ocorreu em 2021. “O que acontece hoje é consequência de décadas de acúmulo de materiais. Agora é preciso um diagnóstico mais profundo e ações concretas“, diz.
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