Marca de SC está entre as três proibidas de vender café pela Anvisa devido a toxina e impurezas
A Anvisa destacou que os rótulos dos produtos contém imagens e informações que podem causar erro e confundir os consumidores
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A marca “Pingo Preto”, registrada em Santa Catarina, está entre as três empresas de café proibidas pela Anvisa, após a detecção de uma toxina chamada ocratoxina A, impurezas e denominação errada.
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A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na manhã desta segunda-feira (2), e também afeta as marcas Melissa e Oficial, que já haviam sido consideradas impróprias para o consumo pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no final de maio.
De acordo com informações do SBT News, na ocasião, o Mapa determinou o recolhimento dos produtos e emitiu um alerta de risco à saúde dos consumidores.
Na publicação desta segunda, além da presença da toxina imprópria para o consumo humano, a Anvisa também ressaltou a “contaminação do produto acabado, indicando falhas nas boas práticas de fabricação no processo de seleção de matérias primas, de produção e de controle de qualidade do produto acabado.”
Orientação
Além disso, a Anvisa destacou que os rótulos dos produtos contém imagens e informações que podem causar erro, confundir os consumidores e levá-los a entender que o produto trata-se de café.
A recomendação para quem já fez a compra de uma dessas marcas é deixar de consumir os produtos imediatamente.
Se o cliente encontrar os produtos sendo comercializados em algum estabelecimento, o Mapa pede que a ocorrência seja informada por meio do canal oficial Fala.BR, com o nome e endereço do local.
O SBT News e o portal SCC10 entraram em contato com as três empresas responsáveis pelos cafés (Duas Marias, Jurerê e Master Blends), para obter um posicionamento sobre a avaliação do ministério, mas ainda não teve resposta.
Em nota, o Grupo Jurerê afirmou que o produto saiu de linha no início do ano de 2025. Leia:
“O Grupo Jurerê vem através desta esclarecer os fatos que envolvem o produto PÓ PARA PREPARO DE BEBIDA MARCA PINGO PRETO SABOR CAFÉ TRADICIONAL. Este produto teve sua produção encerrada em janeiro de 2025. O mesmo tratava-se de uma mistura para preparo de bebidas regulamentado pela ANVISA através RDC 719/2022 (a qual revogou a RDC 273/2005), e não café torrado e moído como está sendo veiculado. O seu projeto de pesquisa e desenvolvimento foi acompanhado pela Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina, onde foram validados todos os ingredientes, rótulos e enquadramento legal com este órgão, conforme os documentos comprobatórios arquivados no processo de qualidade da empresa. Os mesmos documentos foram apresentados ao MAPA. Todo o processo de qualidade que envolveu este produto buscou a clareza do enquadramento do produto, legalidade dos ingredientes e da comunicação no rótulo ao consumidor final. O Grupo Jurerê sempre manteve e manterá um relacionamento harmonioso com os Órgãos Reguladores Governamentais e devido ao produto já ter saído de linha no início do ano de 2025, no momento trabalhamos única e exclusivamente nos esclarecimentos junto aos Órgão Notificantes, demonstrando todo o processo de P&D envolvido no produto e seu enquadramento legal. Não vemos justificativas no momento para recorrer sendo que o produto já não é mais comercializado. No entanto, mesmo diante desta discussão, e devido ao término de fabricação deste produto, o saldo residual do lote 12025 do produto PÓ PARA PREPARO DE BEBIDA MARCA PINGO PRETO SABOR CAFÉ TRADICIONAL já foi recolhido do mercado até que sejam esclarecidos os fatos com os órgãos competentes.”
*Com informações do SBT News
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