Fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas pode afetar até 270 mil profissionais, diz Feneauto
Medida do governo reduz custo da habilitação, mas autoescolas alertam para efeitos negativos no mercado de trabalho
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O setor de autoescolas enfrenta grande preocupação com as mudanças anunciadas pelo governo, que extinguem a obrigatoriedade das aulas teóricas presenciais. A Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) estima que até 270 mil profissionais podem perder o emprego em todo o país.
Pela proposta do governo, o curso teórico passa a ser gratuito e online, enquanto o número de aulas práticas obrigatórias cai de 20 para apenas duas, que poderão ser realizadas em autoescolas ou com instrutores autônomos. Segundo o governo, a medida pode reduzir em até 80% o custo da habilitação, tornando o processo mais barato e acessível.
No entanto, representantes do setor contestam os números oficiais. O presidente da Feneauto, Ygor Valença, afirma que os valores divulgados, entre 4 mil e 5 mil reais, não refletem a realidade. “Temos um estudo da Câmara Temática de Habilitação do Contran, do qual fazemos parte, que diz que o preço médio nacional é 2.500 reais, já com taxas do Detran, exames e todo o processo incluso”, explicou.
Os impactos da mudança já começam a ser sentidos: mais de 2 mil Centros de Formação de Condutores fecharam as portas desde os primeiros anúncios do governo. A entidade alerta que, além dos profissionais diretamente afetados, a transição pode comprometer a qualidade da formação de novos motoristas.
Com informações de SBT News.
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