Entidades de SC reagem ao tarifaço americano e pedem medidas emergenciais
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) se manifestaram sobre as taxação
• Atualizado
Entidades ligadas à indústria catarinense reagem ao tarifaço americano. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) se manifestaram nesta quarta-feira (6) sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. A sobretaxa, que chega a 50% em alguns casos, preocupa as entidades catarinenses pelo impacto direto nas exportações dos produtos de Santa Catarina.
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Para a FIESC, o aumento das tarifas compromete a competitividade da indústria catarinense, que é fortemente exportadora. “Santa Catarina será um dos estados mais afetados, dada a sua dependência das exportações industriais. Precisamos de uma reação firme e coordenada para proteger os setores produtivos”, afirmou o presidente da federação“, explica o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
A ACIF também alertou para os prejuízos que a medida pode trazer à economia regional e nacional. Em nota, a entidade classificou o tarifaço como “um retrocesso no comércio internacional” e defendeu ações imediatas do governo federal para mitigar os efeitos da medida. “É fundamental preservar a estabilidade das relações comerciais e garantir segurança jurídica aos exportadores”, destacou a associação.
As duas entidades elogiaram a decisão do governo brasileiro de acionar os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas cobraram agilidade na adoção de medidas compensatórias. Entre as principais demandas estão a ampliação de linhas de crédito para exportadores, estímulos à inovação industrial e negociações diplomáticas para reverter as tarifas.
Santa Catarina figura entre os estados mais exportadores do Brasil, com forte presença nos setores metalmecânico, têxtil, de móveis e alimentos, todos com grande exposição ao mercado norte-americano. Em 2024, o estado exportou mais de US$ 3 bilhões para os EUA, e a expectativa é de que as novas tarifas afetem diretamente esse desempenho.
Já a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), disse que está acompanhando e interagindo com os Poderes constituídos a fim de mitigar os reflexos negativos que os setores produtivos estão a sentir neste momento.
“O Movimento Lojista é composto por cidadãos que, correndo riscos diários, geram renda e oportunidades por todo o Estado de Santa Catarina e, por isso, temos no nosso DNA a veia pulsante do empreendedorismo – atividade essa que, como é sabido, não se constrói e tampouco se consolida com bravatas e sim com o relacionamento pautado na confiança e no respeito às regras estabelecidas.
Isso não pode ser diferente no que diz respeito ao trato comercial com outras nações, desejosas de adquirir os produtos produzidos em nosso solo.
O momento delicado por que passamos exige de nossos governantes serenidade e disposição genuína para reconhecer os erros, corrigir os rumos e restabelecer a normalidade institucional interna e externa, sob pena de colocar em xeque a sustentabilidade de milhares de empresas, com impacto devastador para milhões de famílias brasileiras. É o que a FCDL/SC está reivindicando e desse caminho não desviaremos, em prol dos setores produtivos que fazem de Santa Catarina o ambiente ideal para empreender e viver.”
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