Brasileira morta na Indonésia é a 8ª vítima em cinco anos em trilha de vulcão
Juliana Marins, de 26 anos, caiu em penhasco no Monte Rinjani
• Atualizado
A trilha onde a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, sofreu um acidente fatal na Indonésia já acumula um histórico preocupante: nos últimos cinco anos, foram 180 acidentes e oito mortes na região do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, segundo dados do governo indonésio divulgados pelo portal Metrópoles.
Juliana realizava um mochilão pela Ásia e participava de um passeio guiado por uma empresa local quando caiu em uma vala durante a trilha, no último sábado (21). A confirmação da morte foi feita pela família nesta terça-feira (24), após quatro dias de tentativas de resgate dificultadas pelo terreno acidentado e pelas más condições climáticas.
O resgate mobilizou 48 profissionais e utilizou técnicas de salvamento vertical, mas o acesso ao local do acidente foi extremamente complexo. “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo. Faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez”, relatou a família durante as operações.
De acordo com os parentes, a jovem permaneceu sem acesso a água, comida e agasalhos durante o período de espera. Eles também criticaram a lentidão e a falta de estrutura do serviço de resgate indonésio. “Eles têm ciência das condições climáticas e não agilizam o processo de resgate. Lento, sem planejamento, competência e estrutura. Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência”, desabafaram.
Ainda segundo o Metrópoles, o Monte Rinjani é um dos destinos turísticos mais procurados da região, mas o número de ocorrências tem aumentado. Somente em 2024 já foram registrados 60 acidentes, quase o dobro em relação a 2023. A morte de Juliana foi a primeira registrada em 2025.
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