Bolsonaro fará novo procedimento para conter crise de soluços em hospital de Brasília
Está previsto o bloqueio do nervo frênico esquerdo para conter o soluço
• Atualizado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser submetido a um novo procedimento médico nesta segunda-feira (29) para tentar controlar a crise persistente de soluços registrada no pós-operatório. Segundo a equipe médica, está previsto o bloqueio do nervo frênico esquerdo, técnica indicada quando o quadro não responde ao uso de medicamentos.
Bolsonaro está internado no Hospital DF Star, em Brasília, desde o dia 24 de dezembro. Ele passou por uma cirurgia para remoção de hérnia inguinal bilateral, procedimento autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o ex-presidente cumpre pena por tentativa de golpe de Estado.
Quadro clínico é controlado, mas com intercorrências
De acordo com os médicos, o pós-operatório segue clinicamente controlado, porém o paciente tem apresentado crises recorrentes de soluços e uma elevação da pressão arterial durante a noite.
No último sábado (27), Bolsonaro já havia sido submetido ao bloqueio do nervo frênico do lado direito. Agora, a equipe optou por realizar o procedimento no lado esquerdo, respeitando os protocolos de segurança.
Segundo os especialistas, não é recomendado realizar o bloqueio bilateral de forma simultânea, devido ao risco de complicações respiratórias, especialmente em pacientes idosos. Bolsonaro tem 70 anos.
Expectativa de alta segue entre cinco e sete dias
Mesmo com o novo procedimento, a previsão de internação permanece a mesma, entre cinco e sete dias. Caso o bloqueio não tenha o efeito esperado, uma nova avaliação médica será realizada para definir os próximos passos do tratamento.
O bloqueio do nervo frênico é indicado em casos graves e persistentes de soluço, quando o paciente não responde aos tratamentos convencionais com medicamentos. O procedimento é realizado com anestesia local e atua interrompendo temporariamente os sinais do nervo responsável pelo controle do diafragma.
Por envolver diretamente o sistema respiratório, o bloqueio é feito em duas etapas, com monitoramento contínuo da frequência cardíaca e da oxigenação do sangue durante e após a intervenção.
Embora eficaz em muitos casos, o procedimento não é considerado definitivo e pode trazer riscos, como paralisia temporária do diafragma, queda de saturação e até a necessidade de ventilação assistida.
Riscos aumentam com comorbidades respiratórias
Os riscos do bloqueio do nervo frênico são maiores em pacientes com histórico de apneia do sono, tosse crônica ou outras doenças respiratórias, condições que já foram relatadas no histórico clínico de Bolsonaro.
*Com informações do SBT News
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