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'PARANOIA'

Bolsonaro diz ter “alucinado” ao mexer na tornozeleira e continua preso preventivamente

Ex-presidente disse em audiência que confundiu o equipamento com uma escuta e negou intenção de fuga

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante a audiência de custódia realizada neste domingo (23), em Brasília, que tentou mexer na tornozeleira eletrônica após experimentar o que descreveu como uma “alucinação”. Na explicação dada ao juiz auxiliar responsável pelo procedimento, ele disse ter acreditado que o equipamento continha algum tipo de escuta e negou que estivesse tentando fugir.

De acordo com a ata da audiência, Bolsonaro declarou que teve uma “paranoia” entre a noite de sexta (21) e a madrugada de sábado (22), possivelmente provocada pela combinação de medicamentos que começou a usar recentemente. Segundo o documento, o ex-presidente citou a interação entre Pregabalina e Sertralina, receitados por médicos diferentes, como possível origem do surto.

A audiência, realizada por videoconferência na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Brasília, para onde Bolsonaro foi levado após ser detido, ocorreu no início da tarde. Apesar das alegações apresentadas pelo ex-presidente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão preventiva.

A custódia foi decretada após Bolsonaro tentar abrir o case da tornozeleira à 0h08 de sábado, conforme informado pela Polícia Federal ao ministro. Para Moraes, o episódio, somado à vigília de apoiadores convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente à residência do pai, indicava “elevado risco de fuga”.

A prisão preventiva não representa o início do cumprimento da pena pela condenação de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado, decisão tomada no âmbito de outro processo. Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, utilizando tornozeleira eletrônica por um inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para promover sanções contra autoridades brasileiras junto ao governo dos Estados Unidos.

Após a audiência, a defesa do ex-presidente tem até 16h30 deste domingo para se manifestar, embora o teor da posição ainda não tenha sido divulgado.

*Com informações de SBT News.

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