STJD julga Bruno Henrique por fraude em apostas; entenda riscos e punições
O jogador também responde processo criminal no Tribunal de Justiça do Distrito Federal
• Atualizado
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, começou a ser julgado nesta quinta-feira (4) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), acusado de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. A denúncia aponta que o jogador teria forçado a recepção de um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, em novembro de 2023, com o objetivo de beneficiar apostadores, entre eles o próprio irmão.
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A procuradoria do STJD apresentou a denúncia em agosto deste ano, enquadrando o atleta nos artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. As punições previstas variam de 360 a 720 dias de suspensão ou de 12 a 24 jogos, além de multa.
Paralelamente, Bruno Henrique também responde a processo criminal na justiça comum. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia por fraude em apostas esportivas contra o jogador o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. Conforme o processo, a acusação se baseia em mensagens interceptadas, que indicam combinados sobre o momento exato de o atleta receber o cartão, além de transações financeiras e movimentações atípicas no mercado de apostas. O relatório da Polícia Federal (PF) reforçou a suspeita ao apontar indícios de que a jogada foi previamente planejada.
O processo criminal envolve ainda outros oito acusados, entre apostadores e intermediários. Um deles, Douglas Barcelos, conhecido como “Dopô”, firmou acordo de colaboração e admitiu participação no esquema.
Se for condenado no STJD, Bruno Henrique pode ser suspenso por até dois anos e receber multa de até R$ 200 mil. Já no âmbito criminal, as penas previstas variam entre 2 e 17 anos de prisão, a variação da pena dependerá da tipificação final dos crimes de manipulação de resultado e estelionato.
A defesa do jogador nega todas as acusações. Os advogados pediram a anulação da investigação e questiona a competência da Justiça do Distrito Federal para julgar o caso. Os advogados recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Uma audiência já foi realizada na Quinta Turma do tribunal para análise do recurso.
Bruno Henrique não compareceu presencialmente ao STJD, participou da audiência de forma remota. O caso segue em andamento.
*Com informações do SBT News
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