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Medalha

Catarinense conquista a prata no tênis de mesa na Paralimpíada

Primeira mulher brasileira a chegar a uma decisão da modalidade em Jogos Paralímpicos, a atleta fez um bom jogo contra a australiana de origem chinesa Qian Yang.

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto: Reprodução/ Instagram
Foto: Reprodução/ Instagram

Bruna Alexandre fez história ao disputar a final do tênis de mesa na Paralimpíada de Tóquio, pela classe 10, nesta segunda-feira (30). Primeira mulher brasileira a chegar a uma decisão da modalidade em Jogos Paralímpicos, a atleta fez um bom jogo contra a australiana de origem chinesa Qian Yang, mas acabou derrotada por 3 sets a 1, com parciais de 13/11, 6/11, 11/7 e 11/9.

No primeiro set, Bruna chegou a abrir vantagem por 8 a 3, mas Yang reagiu e conseguiu levar por 13 a 11. Na segunda parcial, a brasileira voltou a abrir vantagem, mas conseguiu segurar e fechou em 11 a 6. O terceiro set foi bastante equilibrado, mas Yang desgarrou no final e triunfou por 11 a 7. No quarto set, Bruna chegou a reagir após estar perdendo por 7 a 3, mas acabou sendo derrotada por 11 a 9 e ficou com a prata.

Antes de chegar na final, Bruna vinha com excelente campanha. Na estreia na fase de grupos, a brasileira superou a australiana Melissa Tapper, atual número 2 do ranking, por 3 sets a 0. No segundo da chave, bateu a taiwanesa Tzu-Yu Lin, também por 3 sets a 0. Na semifinal, eliminou outra taiwanesa, Shau-Wen Tien, por 3 sets a 1. Já Qian Yang derrotou a polonesa Natalia Partyka, tetracampeã paralímpica e soberana da modalidade.

Bruna já havia atingido uma marca importante em 2016. Na Paralimpíada do Rio-2016, a mesa-tenista, natural de Criciúma (SC), se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha paralímpica na modalidade, ao levar dois bronzes (individual na classe 10 e por equipes nas classes 6 a 10).

Bruna começou a jogar tênis de mesa aos 12 anos e, mesmo sem o braço direito, amputado aos seis meses de vida por conta de uma trombose que ela adquiriu depois de uma injeção mal aplicada, disputava torneios de tênis de mesa convencional. Em 2009, participou da sua primeira competição paralímpica internacional, em Brasília. Aos 17 anos, ela já integrava a equipe brasileira que foi a Londres para os Jogos Paralímpicos de 2012, onde não conseguiu subir ao pódio. Dois anos mais tarde, em 2014, conseguiu medalha de bronze no Mundial da China, logo antes das duas medalhas no Rio.

No tênis de mesa, as classes 1 a 5 são para cadeirantes e as classes de 6 a 10 para andantes, sendo que a classificação é feita com base na dificuldade motora dos atletas – quanto maior, menor a classe.


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