“Ninguém esperava a gente na final”, diz catarinense que foi destaque na Olimpíada
Rosamaria Montibeller, natural de Nova Trento, terminou os Jogos Olímpicos como a 16ª melhor bloqueadora da competição
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As jogadoras da seleção brasileira de vôlei estão vivenciando o sonho da conquista de uma medalha olímpica. As meninas, que não eram consideradas favoritas ao pódio por muitas pessoas, foram vice-campeãs em Tóquio após a final disputada contra os Estados Unidos. Estreante em Olimpíadas, a catarinese Rosamaria Montibeller, que foi um dos destaques da seleção brasileira a partir das quartas de final dos Jogos, destacou a importância da conquista.
“Essa prata significa coragem, não desistir nunca, acreditar em nossas convicções, no que a gente faz, e não no que os outros falam. Essa medalha foi muito trabalhada e estou muito feliz. Triste, mas feliz. É difícil explicar. É a sensação de que a gente lutou muito por esta conquista.”, diz.
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A atleta, natural da cidade de Nova Trento, destaca ainda que, apesar das dificuldades enfrentadas, a equipe soube lidar com as emoções.
“Se a gente não ganhou por pouco foi porque os Estados Unidos também mereciam. Mas não deixamos faltar nada. Em uma Olimpíada tudo pode acontecer. Eu escutava isso, o Zé (técnico José Roberto Guimarães) falava. Ninguém entende o que acontece aqui. É uma energia doida. Acho que a gente foi muito forte emocionalmente. Fomos muito resilientes para chegarmos até aqui”.
O Brasil chegou à final dos Jogos Olímpicos de Tóquio como única seleção invicta, já que os Estados Unidos perderam para o Comitê Olímpico Russo na fase classificatória. A atuação da equipe brasileira na decisão acabou sendo, no entanto, um pouco abaixo do esperado.
Por meio das redes sociais, a catarinense publicou uma foto beijando a medalha de prata e exaltando a conquista olímpica em Tóquio.
“Eu vou beijar e vou comemorar MUITO essa medalha. A sensação que fica não é de que perdemos o ouro, mas que CONQUISTAMOS a prata! É clichê, mas só a gente sabe de todas as pedras no caminho pra chegar até aqui..”
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Rosamaria terminou os Jogos como a 16ª melhor bloqueadora da competição. Foram 13 pontos de bloqueio, sendo seis obtidos na vitória do Brasil por 3 sets a 1 contra o Comitê Olímpico Russo.
“Saio mais forte emocionalmente, entendendo melhor o que significa uma Olimpíada, essa grandeza. É o mundo parando para admirar os melhores atletas. O detalhe decide a conquista de uma medalha de ouro e a gente tem que estar atento a isso o tempo todo. Uma Olimpíada não se constrói de um dia ou de um ano para o outro. É muito tempo de preparação”.
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