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Coração em Tóquio

“Estou convicta que vamos ter uma medalha de ouro”, diz mãe de estrela do vôlei revelada em SC

Natália Zilio, que foi descoberta em Joaçaba, disputa a final do vôlei contra os Estados Unidos, na madrugada deste domingo (8)

• Atualizado

Camilla Martins

Por Camilla Martins

Foto: Reprodução/Instagram/Natália Zilio
Foto: Reprodução/Instagram/Natália Zilio

“Eu vim aqui dizer para vocês curtirem muito a filha de vocês porque logo ela vai embora”. Essa foi a afirmação que os pais de Natália Zilio, ponteira da seleção brasileira de vôlei, ouviram anos atrás de Cesar Junqueira de Carvalho, professor de Educação Física, que enxergou o talento que a menina de nove anos tinha para o esporte.

A conversa que ocorreu em Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina, foi o pontapé inicial para que Natália começasse sua caminhada profissional na Associação Joaçabense de Voleibol (AJOV). Talvez, naquele momento, os familiares nem imaginassem que em agosto de 2021, Natália estivesse participando de sua terceira final olímpica.

“Ela não jogava vôlei na escola, ela gostava de basquete. Foi quando o professor convidou pelo tamanho que ela tinha, né? Uma menina alta, fortona, sempre foi. Ele falou: ‘poxa essa menina pode jogar vôlei’. Ele convidou ela e a gente deixou né?”, conta dona Lucimar, mãe da ponteira.

Na madrugada deste domingo (8), a atleta revelada em Santa Catarina estará em Tóquio, defendendo a medalha de ouro para o Brasil contra a equipe dos Estados Unidos, e no Oeste catarinense, estarão Lucimar Zilio, Luiz Carlos Pereira e toda a família, torcendo para mais um triunfo de Natália junto à seleção.

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Convicção na vitória da Natália com a seleção

A poucas horas da grande final, dona Lucimar está confiante na vitória e afirma que a expectativa também é grande entre os familiares para que Natália conquiste o segundo ouro olímpico.

“O coração de mãe é um coração que está sempre batendo muito forte, né? Eu estou muito convicta de que vamos ter uma medalha de ouro. Na verdade, a nossa expectativa – não só a minha como de todos aqui em casa – é que venha o nosso ourinho né? Douradinho… Eu adoro dourado!”, sorri.

Pai e mãe - Natália Zilio
Pais de Natália com a medalha de ouro conquistada em Londres, em 2012 (Foto: Arquivo pessoal)

Em busca de apoiar e motivar ainda mais a filha, dona Lucimar conta que não perde a fé de que tudo dará certo. Com orgulho, ela relata que conversa sempre com a atleta e busca mensagens bíblicas para transmitir à Natália.

“A família toda fica muito feliz com tudo que a Natália representou para o nosso Brasil. Eu pedi para Deus hoje, na Bíblia, uma palavra que eu pudesse estar passando para ela e Deus disse bem assim: ‘e Ele lhe dará a vitória’. Então eu tenho quase cem por cento de certeza de que isso vai acontecer porque Deus não falha nas suas palavras. Então vamos aguardar, né?”, diz com entusiasmo.

Natália Zilio e Lucimar Zilio
Natália ao lado da mãe, Lucimar Zilio (Foto: Arquivo pessoal)

Desafios e percalços

Acompanhando o desempenho da filha em sua terceira Olimpíada, dona Lucimar relembra que atletas de alto rendimento também passam por dificuldades. Distância de familiares, lesões, cirurgias e as cobranças pelo desempenho impecável são fatores que atingem as jogadoras e suas famílias.

Em maio deste ano, meses antes dos Jogos Olímpicos, Natália lesionou um dedo da mão esquerda, durante um treino da seleção brasileira, e precisou passar por cirurgia. Mais um momento de tensão para os familiares.

Natália numa terceira Olimpíada… na primeira ela estava lesionada mas foi lá, entrou um pouquinho e fez a parte dela. A gente ficou muito feliz com a medalha de ouro. Na segunda, no Rio, a Natália estava muito bem, muito mesmo. A gente participou da Olimpíada lá no Rio e foi uma emoção incrível.

Agora, novamente, Natália passa por um processo de cirurgia no dedo; ela quebrou o dedinho. Cinco parafusos, placa de titânio e infelizmente, mais uma vez ela não pôde estar cem por cento, mas está lá fazendo a parte dela quando precisa. A gente sabe do sacrifício que é para uma atleta de alto nível por estar sempre em evidência, sempre no alto… porque o atleta é um ser humano. Querendo ou não, ele tem os altos e baixos na vida dele”, afirma.

Seleção feminina de vôlei
Atletas e comissão técnica da seleção de vôlei em Tóquio (Foto: Gaspar Nóbrega/COB/Twitter/Time Brasil)

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