Nadadora trans vence torneio nos EUA, e rivais se recusam a subir ao pódio
Lia Thomas, de 22 anos, é a primeira mulher trans a conquistar um título da liga universitária americana
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Mesmo sem quebrar o recorde da categoria, Lia Thomas fez história nas piscinas da NCAA (liga universitária norte-americana) ao conquistar o título das 500 jardas livre feminina, na última quinta-feira. Aos 22 anos, ela se tornou a primeira mulher trans a conquistar um título em qualquer esporte da liga. Mas a reação polêmica das rivais chamou a atenção, já que se recusaram a subir ao pódio.
Contrariando as expectativas, porém, Lia não performou abaixo dos 4m24s06, recorde universitário que pertence à campeã olímpica Katie Ledecky. Quase 9 segundos acima, Lia Thomas garantiu a primeira posição com 4m33s24, à frente de Emma Weyant (4m34s99), Erica Sullivan (4m35s92s) e Brooke Forde (4m34s99).
Além das outras competidoras, a torcida também se manifestou contra a campeã. Algumas pessoas levantaram cartazes com mensagens como “salvem o esporte feminino” e “apoiem um esporte justo para homens e mulheres”. Poucas delas aplaudiram quando Lia Thomas foi anunciada campeã da prova.
De acordo com as regras da NCAA, Lia está apta a competir pela categoria feminina, já que cumpriu o período de um ano de tratamento de supressão de testosterona. Ela, que defende a Universidade da Pensilvânia, já jogou por três anos na equipe masculina, antes de iniciar sua transição de gênero.
Sobre a polêmica, Lia disse que tenta ignorar o máximo que consegue.
“Tento focar na minha natação, no que preciso fazer para estar pronta para as provas. Apenas tento bloquear todo o resto. Significa o mundo para mim estar aqui”, disse em entrevista à ESPN americana.
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