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Tragédia

Cinco anos da tragédia da Chape: vítimas são homenageadas

Os dias 28 e 29 de novembro estão sendo marcados por homenagens às 71 pessoas que morreram com a queda do avião

• Atualizado

Andrielli Zambonin

Por Andrielli Zambonin

Foto: Andrielli Zambonin | SCC SBT.
Foto: Andrielli Zambonin | SCC SBT.

Nesta segunda-feira (29), completam cinco anos do acidente com o voo da Chapecoense. Os dias 28 e 29 de novembro estão sendo marcados por homenagens, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, às 71 pessoas que morreram com a queda do avião.

Vídeo: Andrieli Zambonin | SCC SBT

Na Catedral Santo Antônio aconteceu, às 19h, de domingo (28), a missa que homenageia as vítimas do acidente aéreo e também as vítimas da Covid-19 da cidade. Diversas pessoas foram vestindo a camisa da Chape. Ao final da missa, velas foram acesas na Catedral.

Leia também: Homenagens marcam os cinco anos da tragédia da Chapecoense

Délcio Luizinho Bosing, é torcedor da Chapecoense e mora em Chapecó há mais de 20 anos. Emocionado, disse que a madrugada do dia 29 de novembro de 2016 jamais será esquecida.

“Eu não quis acreditar no dia. Foi uma dor muito forte. Estava chegando do trabalho de madrugada e ouvi a notícia pelo rádio de que o acidente aconteceu. Hoje, cinco anos depois, a cicatriz continua aberta, e não vão se fechar tão fácil. Ainda é dolorido lembrar e já faz anos que sempre no dia 29 de setembro o tempo se fecha em Chapecó, e começa a chover, assim como naquele dia”.

Vanusa Palaoro, viúva do ex-dirigente da Chapecoense, disse que cinco anos depois, a briga na justiça continua e a esperança está na CPI que investiga o acidente.

“O nosso dia a dia se adaptou com a perda, mas existe um buraco no peito que jamais será fechado. E cinco anos depois, ainda temos que relembrar sempre a mesma madrugada com a briga na justiça. Perdi não só meu marido, foram também amigos e tudo ao mesmo tempo. É dolorido demais”, disse.

Relembre:

** Por: Estadão Conteúdo

O voo que transportava a delegação da Chapecoense, além de dirigentes e jornalistas que iam cobrir o evento, caiu próximo ao aeroporto de Medellín, em Rionegro, em 29 de novembro de 2016. 71 pessoas morreram e apenas seis sobreviveram. A equipe catarinense disputaria a final da Copa Sul-Americana, com o Atlético Nacional, sua melhor campanha no futebol na história.

Operado pela LaMia, o voo deixou Santa Cruz de la Sierra com níveis de combustível abaixo dos recomendados para qualquer viagem área, que devem prever imprevistos que gerem maior consumo. As investigações sobre os motivos e os culpados da queda demoraram meses, mas desde o início já se suspeitava fortemente de falta de combustível.

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