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Declaração

Superliga é desaprovada por presidente da Fifa: “Terão que lidar com as consequências”

O presidente da Fifa destacou negativamente o modelo da Superliga, em que os clubes fundadores têm sempre lugar garantido a cada temporada.

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Gianni Infantino – Foto: Reprodução/ Instagram
Gianni Infantino – Foto: Reprodução/ Instagram

O suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa, se colocou ao lado da Uefa ao afirmar nesta terça-feira a sua desaprovação à Superliga Europeia, anunciada no último domingo. O líder da entidade que comanda o futebol mundial ressaltou que só pode desaprovar com veemência a criação desta competição.

“Só podemos desaprovar veementemente uma Superliga que é uma coisa fechada, uma separação das instituições atuais, das ligas, das federações, da Uefa e da Fifa. Sem dúvida alguma da desaprovação da Fifa. Apoio total à Uefa”, disse Infantino, durante o Congresso da Uefa, que está sendo realizado em Montreux, na Suíça.

“Os acessos e os rebaixamentos são um modelo coroado de sucesso”, acrescentou o presidente da Fifa fazendo uma comparação com a Superliga, em que os clubes fundadores têm sempre lugar garantido a cada temporada, ao invés de uma classificação por mérito em função dos campeonatos nacionais. “Esperamos que tudo volte ao normal, que tudo se resolva, mas sempre com respeito, sempre com solidariedade e com os interesses do futebol nacional, europeu e global”.

Infantino apelou à responsabilidade dos líderes dos 12 clubes fundadores da competição – os espanhóis Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid; os ingleses Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City e Tottenham; além dos italianos Internazionale, Juventus e Milan. “Há muito a perder por um ganho financeiro a curto prazo para alguns. As pessoas têm de pensar nisto cuidadosamente. Precisam refletir e assumir responsabilidades”, acrescentou.

Por fim, o líder da Fifa deixou o aviso aos clubes que decidirem participar na competição: as consequências vão chegar e terão de lidar com elas. “Se alguns escolherem ir pelo próprio caminho, então terão de viver com as consequências da sua escolha. São responsáveis pela sua escolha. Concretamente, isto significa que ou estão dentro, ou estão fora. Não podem estar meio dentro, meio fora”, concluiu.

Alexsander Ceferín, presidente da Uefa, fez um apelo aos clubes ingleses, maioria entre os “fundadores” da Superliga. “Senhores, vocês cometeram um grande erro. Alguns dirão que é ganância, outros desdém, arrogância, e completa ignorância da cultura do futebol inglês… Não importa. Ainda há tempo de mudar de ideia. Todos erram. Os grandes de hoje não eram necessariamente grandes no passado, e não há garantia que serão no futuro”, observou.

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De acordo com o que foi divulgado no último domingo, a Superliga Europeia vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, classificados anualmente.

A Uefa já anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países. Entretanto, a entidade que rege o futebol europeu anunciou o aumento da Liga dos Campeões de 32 para 36 times, a partir da temporada 2024/2025.

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