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Grupo G

Gabriel marca, iguala Zico em gols na Libertadores e Flamengo vence a LDU

Após levar o empate, o time rubro-negro fez 3 a 2 e subiu para os nove pontos, com 100% de aproveitamento no Grupo G

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto: Alexandre Vidal/Reprodução/Instagram/Flamengo
Foto: Alexandre Vidal/Reprodução/Instagram/Flamengo

O Flamengo continua imbatível na Copa Libertadores. Nesta terça-feira, após primoroso primeiro tempo e enorme sufoco na dura altitude de 2.850 metros de Quito, contou mais uma vez com a estrela de Gabriel para ganhar sua terceira partida. Após levar o empate, fez 3 a 2 com seu artilheiro e subiu para os nove pontos, com 100% de aproveitamento no Grupo G. O camisa 9 igualou os 16 gols de Zico na história da competição.

Para quem assistiu apenas o primeiro tempo, jamais poderia imaginar que o Flamengo levaria enorme massacre na volta do vestiário e só conseguiria buscar o gol da vitória aos 40 do segundo. Foram 45 minutos brilhantes dos cariocas enquanto teve fôlego e uma parte final de enorme sofrimento.

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Após o intervalo, o efeito da atitude foi devastador e quem massacrou desta vez foram os equatorianos. Os 2850 metros derrubaram o Flamengo, que caiu bastante de produção, cedeu o empate e viu o adversário desperdiçar chances da virada. Num raro ataque, surgiu o pênalti que definiria a vitória gigante flamenguista. Gabriel fechou a conta com seu segundo gol na partida. Ele ainda havia dado a assistência para Bruno Henrique. O resultado deixa a vaga muito bem encaminhada às oitavas de final.

O Flamengo tinha duas batalhas pela frente quando pisou no estádio Casa Blanca: a altitude e a invencibilidade da LDU em seu país, no qual não havia perdido no ano e vinha de 12 aparições sem derrotas.

Para piorar, o técnico Rogério Ceni tinha desfalques importantes do zagueiro Rodrigo Caio e do meio-campista Gerson. Bruno Viana, na defesa, e João Gomes como volante foram os escolhidos para a batalha de Quito que não existiu.

A promessa de sufoco inicial e de postura ofensiva da LDU ficaram apenas nas palavras. Com somente 30 minutos, o Flamengo já tinha confortável vantagem de 2 a 0 no placar. E, com amplo domínio do jogo, sem ver Diego Alves trabalhar, poderia até estar com um placar ainda mais elástico.

Everton Ribeiro, diferentemente de outras partidas, finalmente estava “acordado”. Obrigou o goleiro a bela defesa e, de seus pés, saiu o passe preciso para Gabriel abrir o placar logo com dois minutos. O artilheiro ainda atuaria de garçom para Gerson ampliar com um golaço da entrada da área. Não fosse o goleiro Gabbarini e a LDU iria para o vestiário com goleada nas costas.

Os três cartões amarelos em 35 minutos foram uma síntese do primeiro tempo. A LDU não viu a cor da bola e só conseguiu parar o Flamengo nas faltas. Até seu técnico foi punido, este por reclamação pela irritação com o massacre que presenciava. A coisa estava tão feia a ponto de ele e seu auxiliar de reunirem na beira do campo atrás de uma solução antes mesmo de a etapa findar.

A apresentação sofrível fez o técnico Pablo Repetto mudar logo três peças no intervalo e a acabar com o esquema de três defensores. No Flamengo, sem trabalhar, Diego Alves sentiu desconforto na coxa direita e saiu para entrada de Hugo Souza.

A ousadia de Repetto “recolocou” a LDU rapidamente no jogo. Em cinco minutos teve duas grandes chances e, com Borja, de cabeça, diminuiu o placar. Enfim, a pressão tão bradada apareceu no Casa Blanca. Borja chutou duas vezes na rede pelo lado de fora antes de Amarilla empatar, aos 15.

O ótimo Flamengo do primeiro tempo ficou no vestiário. Só os equatorianos jogavam na etapa decisiva, numa clara demonstração que a altitude havia pesado para os cariocas. Nada dava mais certo. A mostra da reviravolta no jogo foram as 10 finalizações em somente 17 minutos.

A forte reação da LDU podia surtir até a virada. Aquele futebol de enorme pressão, contudo, foi caindo com o passar do tempo. Os equatorianos também perderam o gás e, enfim, o Flamengo conseguiu sair de trás. Já não apenas se defendia e, num raro ataque na etapa, viu Corozo fazer um pênalti bisonho em Arrascaeta.

Gabriel ajeitou com carinho, respirou fundo e deslocou o goleiro Gabbarini. Seu 16º gol na história da Libertadores, igualando Zico, o maior ídolo flamenguista. Faltavam cinco minutos mais os acréscimos para o time rubro-negro resistir e segurar a importante vitória. Conseguiu.


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