A Liberta é Delas: Futebol feminino ainda briga por igualdade
A Liberta é Delas estreia no SCC 10 com a entrevista de Carine Bosetti, sobre o cenário do futebol feminino
• Atualizado
O SCC 10 estreia o quadro A Liberta é Delas, com conteúdos exclusivos e a cobertura completa dos três times Brasileiros na CONMEBOL Libertadores Femenina 2021. O torneiro inicia nesta quarta-feira (3), com jogos de Avaí Kinderamnn e Ferroviária.
O objetivo do quadro A Liberta é Delas é abrir espaço para falar do empoderamento da mulher no futebol. E a primeira entrevistada é Carine Bosetti, ex-atleta, segunda técnica brasileira a ser campeã do Brasileirão Feminino A2, e atualmente é auxiliar técnica do Avaí Kindermann.
Carine destaca que as mulheres ainda tem muito a avançar no futebol feminino. “O cenário mudou bastante. No inicio a mulher era proibida de entrar nos estádios, e aos poucos isso foi mudando. Eu fui atleta lá em 2008, e era um cenário diferente de hoje. Com a chegada dos clubes de camisa ajudando com investimento e estrutura, a modalidade tem crescido bastante. Mas, ainda precisa avançar muito”.
E o principal avanço deve ser na questão salarial.
“A diferença entre salários do futebol feminino e masculino ainda é gritante. Hoje a mulher atleta é mais valorizada, consegue se manter do futebol e ter um salário sustentável, mas não se compara ao masculino. Antigamente as meninas quase pagavam pra jogar. Ficava no esporte quem realmente gostava. Hoje já se tem o futebol feminino como profissão. Ainda tem muito preconceito em relação a mulher no futebol, e não adianta fugir disso porque precisamos falar para poder mudar. O envolvimento da mídia tem sido fundamental nessa questão”.
De acordo com Carine, o problema vem da falta de investimento na base, o que coloca outros países, como o EUA, bem a frente do Brasil em termos técnicos. “Nos Estados Unidos as meninas começam a jogar desde muito novas na escola. Já no Brasil não tem isso. E acaba refletindo em competições internacionais”.
A Copa Libertadores
Pensando na Copa Libertadores, Carine avalia positivamente a competição mas destaca que o campeonato é curto. “É uma competição de tiro curto, turno único, poderia ter ida e volta, mas é uma oportunidade que abre portas para as atletas para a carreira internacional. A forma como a competição é organizada é muito séria também”, destaca.
Sobre a qualidade técnica das equipes, Carine responde que as Catarinenses vão ter que se adaptar. “Todos os times são fortes em uma Libertadores, são jogos muito físicos, cada país com a sua cultura, cada um com sua forma de jogar, tem que saber se adaptar. As brasileiras são as melhores equipes da competição, as favoritas. Em contra partida tem equipes que tem crescido muito, como o Santiago Morning que esta na nossa chave. Tudo pode acontecer em uma competição de tiro curto, mas vamos em busca do título”.
“O desafio é grande e a responsabilidade é grande. E nos sempre comentamos que jogaremos pela honra do nosso presidente, Salézio Kindermann, que tem uma grande historia a ser zelada. Vamos honrar essa história”.
Confia a entrevista completa com a auxiliar técnica do Avaí Kindermann, Carine Bosetti
>> PARA MAIS NOTÍCIAS, SIGA O SCC10 NO TWITTER, INSTAGRAM E FACEBOOK.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO