Chapecoense diz à justiça que jogador ganhou notoriedade após tragédia
Alan Ruschel foi um dos sobreviventes do trágico acidente envolvendo o avião da Chapecoense, em 2016.
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Mesmo não fazendo mais parte do elenco da Chapecoense, o lateral-esquerdo Alan Ruschel, segue ligado ao clube. Desta vez, o assunto é polêmico.
Para se livrar do pagamento de danos morais ao atleta, a Associação Chapecoense de Futebol afirmou à justiça catarinense que a trágica queda do avião do clube, em novembro de 2016, na Colômbia, foi benéfica ao jogador.
Alan publicou o documento nas redes sociais. No documento a Chapecoense diz que “(…) o reclamante não foi vítima de um acidente, pelo contrário, foi um sobrevivente, abençoado pela força divina e dentre aqueles ligados ao futebol, único que continua a desenvolver suas atividades identicamente ao período anterior”.
Efetivamente, o acidente deu notoriedade ao reclamante e alavancou seus ganhos, bastando-se verificar o histórico em sua carteira de trabalho, sua imagem valorizou e passou a ter notoriedade mundial – disse ainda o clube catarinense.
No ano passado, Ruschel processou a Chapecoense em R$ 3.381.105,40, valor referente a danos morais pelo acidente de avião sofrido pela delegação, além da contestação do seguro recebido e verbas trabalhistas.
Alan Ruschel se revolta com defesa da Chapecoense
Ruschel se pronunciou nesta sexta-feira, nas redes sociais, e diz ter ficado revoltado com a defesa do clube. De acordo com ele, a Justiça foi acionada apenas após a Chapecoense não cumprir com o pagamento dos valores acordados.
“Eu tive uma história bonita de vida, de conquistas que jamais serão apagadas e que infelizmente o clube não cumpriu com seus acordos e eu tive que cobrar de uma maneira indesejada, que era na justiça, mas não cobrando nada mais, nada menos do que o que é meu de direito. (…) Essa semana eu tive acesso à defesa do clube, e me gerou muita revolta e me entristeceu demais o que eles estão alegando. (…) Estão sendo levianos e despreparados na condução de um assunto tão importante. (…) A minha vida realmente precisava continuar, mas isso não tira responsabilidade da Chapecoense. (…) A minha vida jamais será e vai ser a mesma depois do que aconteceu. Só eu sei os traumas que carrego comigo, a dedicação e o esforço diário para voltar a jogar. Hoje eu jogo com oito parafusos nas costas, não quero me vitimizar. (…) Afirmar que minha vida seguiu normal é um absurdo.
Confira na íntegra:
Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (25), A associação Chapecoense de Futebol disse que “quaisquer manifestações acerca do assunto serão feitas exclusivamente nos autos do processo” e que o clube não se manifestará sobre o assunto.
Relembre o acidente
Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, para a disputa da final da copa Sul-Americana, caiu. Foram 71 óbitos, envolvendo jogadores, funcionários, jornalistas e convidados. Seis pessoas sobreviveram, entre elas, os jogadores Alan Ruschel, Neto e Jackson Follmann, e o jornalista Rafael Henzel.
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