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Superação!

Atleta de 50 anos com deficiência visual vence competição de fisiculturismo em SC

Laura Boppre conquistou o primeiro lugar da categoria Especial do evento de fisiculturismo do Sardinha Classic

• Atualizado

Rafaella Moraes

Por Rafaella Moraes

Foto: Arquivo Pessoal / Laura Boppre.
Foto: Arquivo Pessoal / Laura Boppre.

Na noite do último sábado (25), a atleta de 50 anos, Laura Boppre, conquistou o primeiro lugar da categoria Especial do evento de fisiculturismo do Sardinha Classic, que reuniu participantes de todo o país em Camboriú.

A catarinense perdeu a visão do olho esquerdo aos 27 anos e precisou de 13 cirurgias para manter o olho. Há quatro anos, foi diagnosticada com uma doença degenerativa no olho direito, a qual também a fez perder um percentual da audição.

Laura tem menos de 20% de visão, utiliza bengala verde (para deficientes de baixa visão) e também aparelhos auditivos. Mesmo assim, não deixou que a deficiência prejudicasse a sua rotina. Foi pensando na saúde, que a professora aposentada começou a pratica de atividades físicas.

Foto: Arquivo Pessoal / Laura Boppre.

A atleta subiu no palco com a ajuda do criador do evento, Fernando Sardinha, quem a convidou para participar da competição. “Independente do título eu já me sentia vitoriosa pelo fato de superar tantos desafios e preconceitos. Durante a última semana, eu me mantive tranquila e com a mente bem focada. E lá no dia do evento eu fui recebida com amor e carinho e essa vitória teve um significado muito importante para mim”, conta Boppre.

Foto: Arquivo Pessoal / Laura Boppre.

Laura conta que quando está na rua, com bengala, se sente invisível, mas que no palco recebe respeito, amor e igualdade. “Enquanto ando na rua, com a minha bengala, sou invisível. É como se eu atrapalhasse as pessoas que andam rápido demais. As pessoas não me respeitam e não me enxergam. Naquele campeonato, eu fui vista como uma pessoa “normal”, fui respeitada, amada e igualada. Então pra mim, estar naquele campeonato de fisiculturismo, ainda receber o troféu, fez me sentir verdadeiramente inclusa na sociedade”, afirma.

Para ela, o troféu foi apenas um detalhe. “Foi no palco que vivi a celebração de todo desafio que vivi durante esses anos todos. Valeu a pena eu não ter desisto”, disse a atleta que garante que não pretende parar de competir tão cedo.

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