72% do consumo brasileiro é feito por PCD, mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+
O Web Summit tem mostrado que o poder de decisão do consumo está na mão de grupos minorizados e de ativistas pelo direito deste grupo
• Atualizado
O primeiro dia do Web Summit Rio, acompanhado pelo grupo Mulheres Acate, foi de discussão em cima de dados, com foco no consumo e no consumo brasileiro. Segundo a CEO do Box1824, Paula Englert, entender o tamanho do problema é o primeiro passo para mudar a realidade. Ela explica que é necessário estudar e entender o tema inclusão para conhecer o tamanho do problema e então trabalhar de forma proporcional ao tamanho do comprometimento com atrair, reter e desenvolver pessoas.
A B3 (sigla utlizada para Brasil, Bolsa e Balcão, como nome da Bolsa de Valores) seguiu na pauta e divulgou seu relatório de diversidade e inclusão. O principal ponto é o abismo entre o que o consumidor quer e o que as empresas fazem. Neste abismo está a diversidade. Hoje, dois em cada três consumidores dizem preferir marcas e empresas que tenham valores precedidos com os seus. E ainda, 72% do consumo brasileiro é feito por PCD, mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+.
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Este dado da B3 conversa com a posição inicial da Box1824 ao trazer para o comportamento do jovem, os futuros consumidores, o foco para o futuro.
“Entender os jovens é entender o futuro porque eles são ativistas por natureza e sabem como construir e compartilhar informação na era social”, frisa Paula.
Já a CEO do Black Innovation Alliance, Kelly Burton, – que captou mais de 8 milhões de dólares nos últimos três anos para investir no desenvolvimento do ecossistema sob uma perspectiva afrocentrista – trouxe a importância das políticas públicas alinhadas ao desenvolvimento de pessoas empreendedoras de base como parte da solução. Segundo ela, o Vale do Silício é um ecossistema que foi desenvolvido excluindo a diversidade de gênero, sexual e racial e isso reflete nos demais ecossistemas do mundo. Para ela, em um país de maioria negra como o nosso, é preciso olhar a inclusão da diversidade de forma deliberada.
Segundo Alline Goulart, mulher Acate que acompanha o evento em parceria com o SCC10, o Web Summit tem mostrado, ao longo das palestras, que o poder de decisão do consumo está na mão de grupos minorizados e de ativistas pelo direito deste grupo.
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