Empreender para crescer: cooperativismo reúne mulheres no Monte Cristo, em Florianópolis
O modelo de negócio escolhido é o trabalho em rede, a geração de resultado pela colaboração
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De longe parece um comércio normal, mas uma loja no bairro Monte Cristo, na região continental de Florianópolis, vai muito além da venda de roupas, afinal, trabalha com o propósito de cooperar. O projeto Armário Coletivo rompeu barreiras e implementou oportunidades para mulheres da comunidade, além de gerar recursos para o comércio local.
A iniciativa tem a cooperação da Associação de Mulheres do Monte Cristo que, desde o início da sua atuação, em 2018, já trouxe oportunidades e treinamentos para mais de 200 moradoras do bairro.
“Estamos falando de formação em gastronomia, corte e costura, cuidadora de idosos, são varias as áreas em que cada mulher pode atuar”, comenta Jaqueline Ribeiro, presidente da Associação.
E se gerar oportunidade de atuação e empoderamento feminino faz parte do dia a dia dessas mulheres, pode-se dizer que o modelo de negócio escolhido é o trabalho em rede, a geração de resultado pela colaboração, o cooperativismo.
Confira essa história de empreendedorismo e oportunidades:
O poder do cooperativismo
A força do cooperativismo está nos mais diversos segmentos. Em Santa Catarina são cerca de 3,5 milhões de cooperados que movimentaram, apenas em 2021, quase R$ 68 milhões. No Brasil, mais de 6 milhões de pessoas buscaram o crescimento colaborativo, o pertencimento, com o Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil – Sicoob.
“O credito está nas nossas vidas e muitas vezes nem sabemos. E no cooperativismo de crédito, só deixa de participar quem não o conhece, afinal, só tem vantagens. Além disso, qualquer pessoa física ou jurídica pode ser sócia de uma cooperativa de crédito”, ressalta o superintendente da Ocesc, Neivo Luiz Panho.
Quem se associa a uma cooperativa de crédito não é apenas um cliente: é um cooperado e, como dono do empreendimento, participa democraticamente das decisões e dos resultados financeiros – resultados esses que são reinvestidos no desenvolvimento regional, em um círculo virtuoso de prosperidade socioeconômica.
Mas não é só isso, veja outros quatro motivos para se associar:
1 – Todos os associados podem participar de uma reunião para escolha de quem fará a gestão da instituição. Nos bancos o poder é exercido na proporção do número de ações, nas cooperativas de crédito o voto tem peso igual para todos, ou seja, uma pessoa, um voto, independente do grau de participação econômica.
2 – A cooperativa é gerida de forma democrática, elegendo entre os próprios sócios aqueles que serão os responsáveis pela gestão, além dos conselheiros de administração, que prestam contas das suas ações nas assembleias. Ao contrário dos bancos, as deliberações não são concentradas, são partilhadas entre muitos, além de contar com administradores-líderes do próprio meio (associados).
3 – Apesar de não ser um banco, as cooperativas de crédito oferecem os mesmo serviços, mas com muitos benefícios, já que, no caso das cooperativas do Sicoob, contam com auxílio do Banco Cooperativo do Brasil, o Bancoob, que é um banco múltiplo privado especializado no atendimento a essas cooperativas de crédito.
4 – As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável das suas comunidades, sempre através de políticas aprovadas por seus membros. Por si só, a cooperativa de crédito já é uma instituição financeira da comunidade, por isso, respeitam as peculiaridades sociais e a vocação econômica da sua região.
Quer saber mais sobre cooperativismo? Clica aqui e confere a temporada anterior do Tempo de Valor.
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