Florianópolis trabalha para ser primeira capital lixo zero do Brasil
Em Florianópolis, resíduos volumosos, como móveis e eletrodomésticos já sem uso, recebem a destinação final ambientalmente correta, assim como restos de podas, como galhos e cascas de árvores
• Atualizado
O saneamento básico está diretamente ligado ao bem estar da população, além de ser fundamental para o desenvolvimento sustentável do mundo. Direito básico, o saneamento contribui para o meio ambiente, saúde e economia e inclui desde abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas até a limpeza da cidade e o manejo de resíduos sólidos.
Visando a destinação correta de resíduos sólidos, a Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smma), realiza uma série de trabalhos de coletas. Resíduos volumosos, como móveis e eletrodomésticos já sem uso, recebem a destinação final ambientalmente correta, assim como restos de podas, como galhos e cascas de árvores. Além é claro, da coleta de recicláveis e de resíduos domiciliares.
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As ações de manejo de resíduos sólidos vão ao encontro com as metas da campanha “Floripa, Capital Lixo Zero 2030”, estipuladas pela Prefeitura de Florianópolis. Até 2030, a cidade pretende reciclar 60% de materiais secos e 90% dos orgânicos. Se cumprir os objetivos, a Capital terá ganhos na reciclagem, irá reduzir o custo do transporte e aterramento sanitário, podendo gerar uma economia de R$ 50 milhões ao ano aos cofres públicos.
”Florianópolis já é a capital que mais recicla, a primeira a assumir metas de lixo zero e a única que oferece coleta seletiva flex nas frações recicláveis, só vidro, só orgânicos e rejeitos”, aponta o secretário municipal do Meio Ambiente, Fábio Braga.
Logística reversa: eletrônicos antigos dão vida a novos em Florianópolis
Na capital, são recolhidos mensalmente em média cinco toneladas de eletrônicos, seja por entrega voluntária em Ecopontos ou por recolhimento domiciliar por agendamento. Desde julho, os resíduos coletados em Florianópolis são destinados ao sistema de logística reversa.
A Logística reversa é caracterizada “por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”, segundo a lei federal nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Os resíduos coletados serão desmontados, avaliados e então encaminhados para reutilização de peças, reciclagem ou descarte adequado para não gerar danos ao meio ambiente. A implementação desse processo, além de ser sustentável, pode gerar novas oportunidades de emprego.
“Infelizmente, junto com móveis, os eletrônicos ainda estão entre os principais itens descartados de forma irregular nas ruas da capital”, explica o secretário Fábio Braga.
Para descartá-los é simples e rápido, basta levar os materiais a um dos Ecopontos de Florianópolis ou agendar diretamente com a prefeitura o recolhimento gratuito. O serviço de coleta vale também para móveis, pequenas quantidades de restos de construção, latas, pneus e madeiras. Em apenas três meses de 2021 foram feitos mais de 1,5 mil atendimentos domiciliares para remoção de volumosos em Florianópolis, sendo recolhidas 250 toneladas.
Para ter acesso ao serviço, o usuário deve entrar em contato pelo WhatsApp (48) 98482 8462 das 8h às 17h, de segunda a sexta, e agendar o recolhimento que será feito sem cobrança. Também pode fazer a solicitação pelo e-mail volumosos.smma@pmf.sc.gov.br.
Recolhimento de verdes
Em 2020, a Prefeitura passou a ofertar um inovador serviço de coleta domiciliar: o recolhimento de restos de grama, capim, folhas, galhos e cascas de árvores. Chamados de “verdes”, esses resíduos correspondem a 11% de tudo que é levado de Florianópolis para o aterro sanitário.
De junho a dezembro do ano passado, mais de três mil toneladas de resíduos foram recolhidos de porta em porta e em Ecopontos. Para 2021 a projeção aponta um aumento de 30%. Para este ano foram organizadas sete datas de coleta incluindo 36 roteiros.
Assim como a coleta de volumosos, é simples realizar o descarte. A cada seis semanas, basta o morador separar os resíduos a serem recolhidos e colocá-los na frente da residência no dia marcado. É importante que os verdes estejam em sacos de ráfia, sacos compostáveis, bombonas ou contentores.
Após serem recolhidos, os resíduos serão transformados em compostos orgânicos que serão utilizados pela própria prefeitura em ações e práticas de paisagismo e em hortas urbanas.
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