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Conexão Inclusiva

Da quadra às piscinas: paratletas de Florianópolis inspiram jovens

Apoio oferecido por associações não se limita ao esporte

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: SCC SBT
Foto: SCC SBT

Para Wesley Ribeiro, a Associação Florianopolitana de Deficientes Fisicos (AFLODEF) é mais do que um lugar para praticar esportes. É um lar, um refúgio de oportunidades que moldaram sua jornada. Desde os cinco anos, antes mesmo dos primeiros dias na escola, ele já se encontrava na AFLODEF, dedicando-se aos treinos de basquete que alimentavam sua paixão pelo esporte. Duas vezes por semana, sem falta, lá estava ele, na quadra, mergulhado no esporte e impulsionado pelo suporte da família e pela estrutura da Associação.

Graças às cadeiras de rodas adaptadas, fornecidas pela parceria entre a Associação e a Prefeitura de Florianópolis, Wesley e outros jovens encontram as ferramentas para perseguir seus sonhos esportivos. “A primeira vez que eu participei de uma competição da paraolimpíadas escolares foi há dois anos atrás, eu tinha 11 anos, e foi pelo atletismo. Mesmo não tendo sido pelo basquete, eu adorei a experiência de viajar, de competir, ter um pouco daquela pressãozinha. Eu voltei com medalha de prata logo nas primeiras corridas, na minha primeira participação”, relembra Wesley.

E seu compromisso vai além da própria prática: Wesley participa de demonstração do basquete em escolas municipais e inspirando outros com suas conquistas.

Serviços disponibilizados

Mas o apoio oferecido pela Associação não se limita ao esporte. Uma equipe especializada garante assistência em saúde e serviços essenciais, como transporte, que conecta Wesley e seus colegas ao centro de atividades. Esse suporte não só facilita suas rotinas diárias, mas também abre portas para novas oportunidades, como competições e eventos esportivos.

“O transporte da AFLODEF possibilita que ele frequente mais a escola, porque o transporte público não chega, infelizmente, e ele está super feliz, porque hoje ele vai participar de uma paraolimpíada escolar no basquete. O transporte modifica a vida dele”, explica Jucilene da Paixão, presidente do Centro Florianopolitano de Deficientes Físicos.

A história do paratleta Isaac Lorenzo de Jesus se aproxima da de Wesley, mas em um cenário aquático. Desde pequeno, Isaac encontrou na natação paralímpica não apenas um esporte, mas um propósito. As piscinas se tornaram sua segunda casa, local onde pode se desafiar. “Eu comecei na hidroterapia e depois fui fazer a aula de natação. Com 12 anos eu conheci meu técnico e realmente comecei a focar em competições, e é algo que minha deficiência não impede”, aborda Isaac.

“Sempre tinha uma diferença. Quando questionavam ‘Quem é o Isaac?’ respondiam ‘O Isaac é um menino de muleta’. E nas competições como é paralímpico, todo mundo tem uma certa deficiência, não é ‘cadeirante’, ‘o de muleta’, ou ‘não tem uma perna’. Na água eu sou o Isaac”, finaliza o paratleta.

O apoio da Associação e da comunidade foi crucial para Isaac, assim como foi para Wesley. Os serviços de transporte e orientação oferecidos em Florianópolis não apenas capacitaram os jovens atletas, mas também fortaleceram suas famílias, fornecendo um espaço acolhedor e inclusivo.

“Além de toda essa parte de orientação, a família de fato é acolhida. Fazemos uma escuta sensível que vai acolher a família, vai mostrar que eles têm um espaço que é deles, que eles podem participar e estar aqui ativamente”, finaliza Jéssica Catanio, assistente social da AFLODEF. 

Assista ao episódio da série Conexão Inclusiva:

Assista à continuação do episódio:

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