Novos casos de famosos com câncer de cólon reforçam alertas
“Os casos não só têm aumentado como estão atingindo pessoas mais jovens", diz oncologista
• Atualizado
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) apresentou novo salto de casos de tumores para a estimativa do triênio 2023-2025, período para o qual são esperados mais de 700 mil diagnósticos por ano. O câncer de intestino tem merecido destaque entre pesquisadores no mundo todo pelo aumento de casos.
Junto dessa nova realidade, veio a indicação para o exame de colonoscopia como meio de se detectar a doença em estágio inicial, o que permite maior chance de êxito no tratamento. Menos invasivo e que pode auxiliar na detecção de indícios para o câncer de intestino e a colonoscopia virtual (CV) é um exame de raios X especial do cólon, que utiliza a tomografia computadorizada (TC) de baixa dose.
O procedimento é menos invasivo que uma colonoscopia convencional, pois não necessita de sedação e ajuda na procura de pequenos pólipos dentro do cólon que podem se transformar em câncer de intestino ao longo dos anos. Em fase de testes, também espera-se que em poucos anos o mercado diagnóstico também poderá oferecer análise por meio de exame de fezes.
“Os casos não só têm aumentado como estão atingindo pessoas mais jovens. E as causas indicam, primeiramente, estilo de vida não saudável, além das questões de hereditariedade. Por isso, é importante maior atenção quanto a exames que possam identificar precocemente a doença”, diz o oncologista Hélio Pinczowski, da Hemomed.
Por enquanto, o alerta do doutor Pinczowski é que, a partir de conversa com o médico de confiança que acompanha anualmente os exames de rotina, se estabeleça o intervalo mais seguro de acordo com o perfil de cada indivíduo. “Por conta do aumento mundial de casos de câncer do intestino, a comunidade médica internacional tem discutido reduzir a idade inicial da colonoscopia. Por aqui, ainda mantemos os 50 anos para pessoas sem indicação de risco alto e de 40 anos para aquelas que têm registro de casos na família”, informa o médico.
Recentemente, o anúncio de pessoas jovens e famosas com câncer de intestino, como as cantoras Simony e Preta Gil, além dos jogadores de futebol Pelé e Roberto Dinamite, diagnosticados com a doença, respectivamente, aos 80 e 68 anos. Por afetar pessoas públicas, esses casos acenderam novos alertas para um dos tipos de câncer que mais mata no Brasil.
Mudança de hábitos alimentares e de estilo de vida
O oncologista, considera um investimento a prevenção de doenças a partir da mudança dos hábitos alimentares, com redução dos alimentos ultraprocessados, carne vermelha e redução da ingestão de gorduras, sal, álcool e cigarro.
A prática de exercícios, sono de qualidade e administração dos focos geradores de estresse também farão parte de uma vida mais saudável. São práticas, explica o médico, que ajudam a prevenir não apenas o câncer, mas doenças igualmente com alto índice letal como as cardiovasculares.
“Um bom caminho é conhecer o próprio histórico médico, assim como ter informações, se possível, do histórico médico familiar, pois isso poderá orientar melhor a prevenção e identificação precoce de alterações que possível de serem solucionadas. Vamos lembrar não apenas do aumento de casos, mas que a ciência médica tem evoluído com exames mais precisos e terapêuticas mais eficazes”, diz o oncologista da Hemomed.
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