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Alerta

Relação tóxica no BBB23 desperta discussão sobre o tema

O relacionamento entre os participantes Bruna e Gabriel está levantando pautas necessárias e especialista explica como parar de normalizar relações tóxicas

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Gabriel e Bruna. Foto: Reprodução/BBB
Gabriel e Bruna. Foto: Reprodução/BBB

O relacionamento dos participantes do BBB23, Bruna Griphao e Gabriel, está dando o que falar na web e levantando pautas necessárias, pelo fato de ser considerado um relacionamento tóxico. E identificar uma relação tóxica não é tarefa simples.

Sem informações sobre autoconhecimento e inteligência emocional, reconhecer ações que podem ser abusivas, compreender o que faz mal e romper de imediato vínculos desse tipo pode ser algo muito difícil.

Uma relação tóxica não se define apenas pela presença de violência explícita: comportamentos crescentes e recorrentes que causem algum mal-estar ao outro também compõem esse cenário. Mesmo que algumas ações dentro da relação não sejam mal-intencionadas, para um parceiro ou parceira elas podem criar situações de sofrimento emocional intenso.

“É preciso desenvolver sensibilidade para identificar o que gera estresse, tristeza, mágoa. Só assim será possível impor limites”, diz a psicóloga da Vibe Saúde, Rafaela Cardoso Mattos. Ela ressalta a importância de aprender a questionar os comportamentos e ações que pareçam insatisfatórios e a falar sobre emoções.

Segundo Rafaela, é preciso ter cuidado em como eventuais brincadeiras podem afetar um relacionamento: o que não teria maiores consequências para uma pessoa pode ser recebido como crítica, e mesmo como ofensa pela outra. ‘A forma de expressar ideias e opiniões pode ofender a existência de quem está do lado é preciso entender os limites de cada um. Sentir empatia e mostrar cuidado ao se expressar, entendendo onde e como nossa fala se encaixa de maneira saudável’, afirma.

A psicóloga alerta que não se deve deixar de falar sobre tais relações e mesmo de denunciar e ser rede de apoio para quem está próximo e vive em um relacionamento desse tipo: ‘O que se vê, infelizmente, são muitos julgamentos, mas falta de mobilização em ajudar esse outro’.

Apesar do caráter tóxico do relacionamento, a persistência de vínculos afetivos torna a superação um esforço árduo, que excede a capacidade de lidar com o problema sozinho. Por isso, Rafaela aconselha: ‘É importante contar com um profissional que possa acolher e ajudar nesse processo de reconhecimento da situação e retomada de autoestima e autocuidado’.

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