Fed corta juros dos EUA pela segunda vez consecutiva e sinaliza cautela

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (29) um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, que passa a variar entre 3,75% e 4% ao ano. É a segunda redução consecutiva adotada pela autoridade monetária, em meio a sinais de desaceleração da economia americana e inflação mais controlada.

Contexto da decisão

A medida foi tomada após a divulgação de indicadores que mostram ritmo mais fraco de crescimento econômico e perda de fôlego no mercado de trabalho. O Fed reconheceu que a atividade está avançando de forma moderada, que o ritmo de contratações diminuiu e que o desemprego teve leve alta, embora ainda permaneça em níveis historicamente baixos.

No comunicado oficial, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) reforçou o compromisso de buscar máximo emprego e inflação próxima de 2% ao ano, mas destacou que há “incertezas elevadas” sobre o cenário econômico global.

Impactos esperados

Os cortes consecutivos devem ter reflexos diretos nos mercados e na economia global. Economistas apontam que nos mercados financeiros mundiais, a redução dos juros tende a favorecer ações e ativos de risco, mas também pode gerar instabilidade caso o ritmo de cortes seja interpretado como sinal de fragilidade econômica.

Já no câmbio, isto é, na troca de moedas entre países, juros mais baixos costumam enfraquecer o dólar diante de outras moedas, embora o efeito dependa da postura de outros bancos centrais. Taxas menores barateiam o crédito, trazendo economia real.

Para os próximos meses, a autoridade monetária deve acompanhar de perto os dados de inflação, emprego e produção industrial. Caso a economia siga desacelerando, novos cortes graduais poderão ocorrer.

*Com informação do SBT News

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