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REDUÇÃO DE VERBAS!

Corte no orçamento 2026 do DNIT ameaça principais obras em SC, diz FIESC

Em documento enviado ao Ministro dos Transportes nesta quinta (02), entidade destaca impactos nos prazos de conclusão de obras já atrasadas das BRs 470, 280, 285, 163 e 282

• Atualizado

Ricardo Souza

Por Ricardo Souza

Cortes podem afetar obras como a do elevado da BR-280, em Jaraguá do Sul. (Foto: DNIT/Divulgação)
Cortes podem afetar obras como a do elevado da BR-280, em Jaraguá do Sul. (Foto: DNIT/Divulgação)

A redução de verbas do DNIT Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026 para obras e manutenção de rodovias federais em Santa Catarina é vista com preocupação pela Federação das Indústrias (FIESC). Em documento enviado nesta quinta-feira (2), ao Ministro dos Transportes Renan Filho, a entidade destaca que os R$ 506,7 milhões alocados para o estado são insuficientes para a conclusão de obras em andamento e para a manutenção preventiva.

A expectativa da entidade é de que, considerando a proposta atual, haverá comprometimento da execução e dos prazos em diversas rodovias, como as BRs 470, 280, 163, 285 e 282. “Essas rodovias são fundamentais para a competitividade de Santa Catarina, na geração de renda, arrecadação de tributos, manutenção e criação de empregos”, afirma o presidente da FIESC, Gilberto Seleme.

Levantamento da entidade mostra redução significativa de recursos destinados ao estado: a LOA de 2026 prevê redução de 50% na comparação com a dotação recorde de 2023 (R$ 1,04 bilhão). Também representa uma queda relevante em relação aos anos de 2024 (R$ 780,8 milhões) e 2025 (R$ 651,9 milhões).

“A FIESC está mobilizando os parlamentares catarinenses e defende que eles apresentem emendas para garantir os recursos necessários à continuidade de obras já iniciadas e com prazos de conclusão atrasados há muitos anos. Precisamos sensibilizar todos os envolvidos sobre a necessidade de ampliação dos recursos e de uma gestão eficiente na execução das obras”, explica Seleme.

Na avaliação da FIESC, o valor previsto para manutenção, conservação, recuperação e restauração de estradas federais, de R$ 327,2 milhões, seria adequado se a obra de contenção da BR-285 não estivesse incluída no montante. A sugestão é que essa obra receba um aporte adicional de R$ 51 milhões.

Confira abaixo o impacto estimado pela FIESC em cada rodovia:

  • BR-470/SC
  • Valor necessário: R$ 200 milhões
  • Valor previsto para 2026: 50 milhões (25% do montante necessário)
  • Obras afetadas: duplicação entre Navegantes e Indaial e a licitação da construção do viaduto no km 138 em Rio do Sul
  • Prazo original:entre 2017 e 2018
  • Impacto esperado: neste ritmo, é provável que a duplicação não alcance a eficiência e a segurança adequadas, tornando-se cada vez mais difícil prever a sua conclusão.
  • BR-280/SC
  • Valor necessário: R$ 209 milhões
  • Valor previsto: R$ 80 milhões
  • Obras afetadas:
  • a) Retomada do Lote 1 – BR 101 a São Francisco do Sul – R$ 60 milhões
  • b) Conclusão do Lote 2.1 – Entroncamento BR-101 – Guaramirim – R$ 29 milhões
  • c) Andamento do Lote 2.2 – Guaramirim – Jaraguá do Sul- R$ 120 milhões.
  • Prazo original: 2017
  • Impacto esperado: postergação ainda maior do prazo contratual para a conclusão das obras
  • BR 163/SC
  • Valor necessário: R$ 30 milhões
  • Valor previsto: R$ 20 milhões
  • Obras afetadas: adequação de capacidade
  • Impacto esperado: andamento da obra de adequação de capacidade
  • Além disso, é fundamental assegurar a continuidade da implantação do pavimento rígido no trecho entre São Miguel do Oeste e Guaraciaba, estimado em R$ 120 milhões.
  • BR-285/SC
  • Valor necessário: R$ 51 milhões (aporte adicional, a ser acrescentado ao valor previsto para manutenção)
  • Obras afetadas: obras de contenção da rodovia
  • Prazo original: 31 de dezembro de 2025
  • Impacto esperado: considerando que até agosto de 2025 foram executados apenas 20% do previsto, a expectativa é de atraso.
  • BR-282/SC
  • Valor previsto: R$ 20 milhões
  • Prazo original: março 2026
  • Obras afetadas: execução de obras de terceiras faixas, trecho Palhoça – Alfredo Wagner. * É importante dirigir especial atenção para contemplar um valor adequado para a ampliação de capacidade (terceiras-faixas), que é emergencial.

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