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"Nossos sentimentos"

Bolsonaro lamenta as mortes de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips

Presidente da República pede para Deus confortar os familiares do indigenista e do jornalista inglês

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Bolsonaro lamenta as mortes de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips. Foto: Isac Nóbrega/PR/Reprodução/Agência Brasil
Bolsonaro lamenta as mortes de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips. Foto: Isac Nóbrega/PR/Reprodução/Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifestou publicamente, no início da tarde desta quinta-feira (16), sobre as mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. O mandatário do país lamentou as perdas e pediu para que entidades divinas confortem os parentes e amigos da dupla, que foi assassinada na região do Vale do Javari, no Amazonas. 

“Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!”, comentou Bolsonaro, por meio do Twitter. A declaração não foi feita, porém, no perfil oficial do presidente, que conta com 8,2 milhões de seguidores. Ele respondeu a mensagem da Fundação do Índio (Funai), que tem mil vezes menos seguidores na plataforma: 8,2 mil. A entidade lamentou as mortes e divulgou nota de pesar (íntegra ao fim do texto).

O comentário de Bolsonaro ocorreu praticamente 24 horas após um dos suspeitos presos pela polícia confessar que teria matado Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips. Antes, quando os dois ainda eram tidos como desaparecidos, o presidente afirmou que o jornalista inglês, que estava na Amazônia para a produção de um livro, era “mal visto” na região, pois tinha histórico de denunciar garimpeiros.

Funai lamenta a perda da “referência” Bruno Pereira

Em nota de pesar, a Funai lamentou as duas mortes, mas dedicou-se a elogiar o trabalho realizado ao longo dos últimos anos por Bruno Araújo Pereira. O indigenista era servidor de carreira da entidade, inclusive chegando a ocupar cargos de coordenação pelo Brasil. Concursado, ele estava de licença não remunerada desde outubro de 2019. Desde então, Bruno vinha apoiando ações promovidas União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Abaixo, a íntegra da nota divulgada nesta quinta-feira pela Funai:

“A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem a público, com imenso pesar, lamentar o falecimento do servidor Bruno da Cunha Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde o dia 05 de junho após saírem em expedição no Vale do Javari, no Amazonas.

Bruno ocupava o cargo de Agente em Indigenismo na Funai desde 2010. Também foi chefe das Coordenações Regionais Juruá (Acre) e Vale do Javari (Amazonas). Atuou, ainda, como coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC).

O servidor deixa um imenso legado para a política de proteção de indígenas isolados e de recente contato, área em que se tornou um dos principais especialistas no país e que atuava com extrema dedicação. O indigenista era considerado uma referência por colegas e por indígenas, com os quais construiu uma relação de amizade ao longo dos anos.

Bruno era descrito pelos colegas como um amigo educado, sensível às temáticas indígenas, bem-humorado e sempre colaborativo com todos os setores da Funai, reunindo características que inspiravam a todos: familiares, amigos, colegas de trabalho e indígenas, para quem ele trabalhava incansavelmente.

A fundação lamenta profundamente a perda e manifesta solidariedade aos familiares e colegas do indigenista. A instituição, em especial as equipes da CGIIRC e das Frentes de Proteção Etnoambiental, se despedem de Bruno com profunda admiração, respeito e carinho. A Funai também se solidariza com a família, amigos e colegas do jornalista britânico.”

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