Vídeo mostra vazamento um mês antes de reservatório se romper na Capital
Moradores filmaram momento que água vaza pela parede
• Atualizado
Após o rompimento do reservatório da Casan, na madrugada desta quarta-feira (6), no bairro Monte Cristo, relatos e imagens indicam que a estrutura estava com problemas há pelo menos um mês. A companhia confirmou ao SCC10 que fez reparos no reservatório no último mês. Um vídeo feito por moradores mostra o momento que trabalhadores fazem reparos na parede externa da estrutura.
Segundo o diretor de operação e expansão da Casan, Pedro Joel Horstmann, que confirmou os trabalhos no reservatório: “no último mês havia pequenos furos e foi feita a vedação”.
O diretor também disse que a empresa não constatou danos na estrutura. “A parte estrutural do reservatório não tinha nenhum indício de rompimento”, disse.
A reportagem entrou novamente em contato com a companhia para verificar se as imagens são dos reparos informado pela empresa, mas até a publicação da matéria, não teve retorno.
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Nas imagens que mostram a água vazando pela parede, os funcionários usam uma furadeira e cobrem os buracos com um material que parece ser cimento.
Moradores relataram que teriam ouvido estalos da estrutura.
Veja o vídeo
Veja os relatos de moradores
“Semana passada a gente relatou para a Casan e a Defesa Civil esteve no local, porque ouvimos estalos na caixa d’água. Desde 2017, na construção da caixa, a gente ouvia direto.”
“Estava trincado e eles pegavam a lixadeira, passavam uma massa, lixavam e pintavam a caixa d’água. De certo colocavam massa para reforçar. Faz ao menos um mês que estavam fazendo isso lá, isso se ainda não estavam fazendo até então
Morador Antônio Biesk
Ministério Público apura rompimento de reservatório
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou que vai apurar as causas e responsabilidades pelo rompimento do reservatório da Casan. O órgão diz que objetivo é também buscar garantir aos atingidos “a devida compensação pelos prejuízos sofridos”. A 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, com atribuição na área do direito do consumidor, instaurou inquérito civil e está requisitando uma série de informações e perícias a fim de esclarecer os fatos e quantificar o número de atingidos e a extensão dos prejuízos.
O Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto está requisitando informações à Defesa Civil, ao Corpo de Bombeiros e Polícia Militar sobre o atendimento prestado, assim como registros fotográficos e de pessoas atendidas. O MPSC também requereu relatório da companhia explicando o que causou o rompimento, quais as medidas adotadas – tanto preventivas quanto paliativas – qual a extensão dos danos, quantos imóveis foram atingidos e como será realizado o levantamento das pessoas prejudicadas e seu ressarcimento.
O promotoria requisitou também que a Polícia Científica de Santa Catarina realize perícia no local.
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