Vídeo: Mãe acha lixo dentro de caixão de jovem obeso morto por falta de atendimento

Andreia da Silva, mãe de Vitor Augusto Marcos de Oliveira, o jovem de 25 anos que morreu na portal de um hospital por falta de maca para obeso, relatou em sua rede social a revolta ao descobrir que o caixão do filho foi preenchido com pó de serra, folhas de jornal e pedaços de madeira.

A descoberta ocorreu um pouco antes do enterro de Vitor, que aconteceu no último sábado (7), e o vídeo do momento foi compartilhado pela viúva do jovem, Thauny Xavier. Nas imagens, Andreia volta a se desesperar ao ver o seu filho ser novamente vítima de descaso. 

“Eu não tinha descoberto essa fraude. R$ 7.100 reais. Usaram o dinheiro do povo para brincarem de novo com o peso do meu filho, Mais um vez, gordofobia. Por favor, alguém tem que fazer alguma coisa. Meu filho estava em cima do lixo”, chora Andreia, enquanto a gravação mostra o conteúdo dentro do caixão de tamanho desproporcional.  

Em nota, a Funerária Trianon esclareceu que foi contratada apenas para realizar o transporte, que consistia em levar o corpo do IML Central a clínica de tanatopraxia para realizar o embalsamamento e a ornamentação, e posteriormente retirar o corpo da clinica e levar ao cemitério de Franco da Rocha. Ainda segundo a funerária, a responsabilidade da preparação do corpo e da urna funerária para o velório seria da Cooperaf (Cooperativa de Trabalho dos Agentes Funerários de São Paulo), uma cooperativa de tanatopraxia.

O caso é investigado por meio de um  inquérito policial instaurado pelo 74º Distrito Policial da Parada Taipas.

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Relembre o caso:

Vitor Augusto Marcos da Silva de Oliveira, de 25 anos, morreu em 5 de janeiro, na porta do Hospital Geral de Taipas, em São Paulo, após ter o atendimento recusado por falta de estrutura para atendimento para pessoas obesas.  Ele pesava 190 quilos e foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Perus, após sentir dores na perna. Com a piora do estado de saúde, o paciente precisou ser transferido para o Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, do estado, para receber atendimento médico especializado. No local, no entanto, teve o socorro recusado pela unidade hospitalar, por falta de maca para pessoas obesas.

A vítima, então, foi encaminhada para outro hospital do estado, o Hospital Geral de Taipas, onde teve o atendimento recusado mais uma vez e morreu na ambulância, na porta da unidade hospitalar, após 3 horas de espera.

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