Uso excessivo de celulares nas salas de aula pode ser prejudicial, diz Unesco
Segundo a organização, a tecnologia não substitui o professor nem a socialização entre estudantes
• Atualizado
Um relatório, publicado pela Unesco, alerta para o uso excessivo de celulares nas salas de aula. Segundo a organização, a tecnologia não substitui o professor nem a socialização entre estudantes.
Em um colégio de Canoas, na Grande Porto Alegre, celular não é colega de classe. Todo recurso digital tem uso controlado em sala de aula.
“No momento de aula é realmente voltado a atenção deles pro conteúdo que está sendo trabalhado, pros projetos que estão sendo desenvolvidos, e quando a gente utiliza a tecnologia educacional assim dentro do ambiente, são as tecnologias da escola que a gente já tem aqui”, afirma a coordenadora pedagógica Bárbara dos Santos Alves.
A estratégia da escola gaúcha é o que recomenda o relatório de monitoramento global da educação, publicado pela Unesco — o órgão das Nações Unidas destinado à educação. É a primeira vez que o documento analisa o uso das tecnologias.
Os estudos reunidos pela Unesco dizem que o simples fato de estar próximo a um celular ou computador já causa distração do aluno, e que depois que isso acontece, os estudantes podem demorar até 20 minutos para voltar ao estado de concentração. Até os colegas ao redor podem perder o foco na tarefa escolar.
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Para a organização mundial, as telas devem apenas complementar a educação, mas jamais vão substituir a figura do professor.
“A educação também tem que ser apropriar dessa nova ferramenta e proporcionar sua utilização da forma correta, trabalhando o uso pedagógico e podendo capacitar seus professores pra que utilizem da melhor forma”, afirma Rebeca Otero, coordenadora da área de educação da Unesco no Brasil.
1 em cada 4 países do mundo proíbe ou controla o uso de celular em sala de aula. O Brasil não tem uma legislação federal sobre o assunto. Durante o lançamento do relatório, o ministro da educação, Camilo Santana, disse que o país precisa de regulamentação sobre o tema.
“Nós estamos acompanhando no mundo inteiro experiências ruins no uso da tecnologia, com divulgações antidemocráticas, de violência, problema nas escolas, o Brasil passou recentemente por isso. Então há uma preocupação enorme também no controle das plataformas digitais hoje no nosso país”, diz Camilo.
Confira a matéria completa exibida pelo SBT Brasil:
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