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GREVE

Servidores municipais entram em greve na Capital

Servidores decidiram pela greve em assembleia nesta terça-feira (30)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Fernando Oliveira/SCC SBT
Foto: Fernando Oliveira/SCC SBT

Os servidores da Prefeitura de Florianópolis entraram em greve após decisão em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (SINTRASEM) na tarde desta terça-feira (30). A decisão foi aprovada por unanimidade pelos cinco mil trabalhadores que participaram da assembleia.

A greve foi deflagrada por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (31).

O SINTRASEM alega que a prefeitura “não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores”. O sindicato também criticou a terceirização da administração de unidades de saúde.

Prefeitura apresentou proposta de aumento de 6%

Na segunda-feira (29), uma mesa de negociação do sindicato e da Prefeitura de Florianópolis tratou sobre as demandas dos trabalhadores. A prefeitura apresentou a proposta de reajuste de 6% nos salários e vale-alimentação. A proposta também contempla uma gratificação de R$300,00 para auxiliares de sala que terão aumento de 17% no salário com o reajuste.

O SINTRASEM diz que a administração municipal não teria apresentado nova proposta econômica na última reunião. De acordo com o sindicato, uma possível terceirização também contribuiu para a decisão de manter a assembleia.

A Prefeitura de Florianópolis diz que nos últimos 6 anos, foram 6 paralisações, totalizando 160 dias, ao todo, de greve em Florianópolis. O município vai entrar com medida judicial pedindo a retomada dos serviços no município.

Em um vídeo, divulgado na noite desta terça (30), o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, questionou: “A nossa proposta de reajuste foi acima da inflação. Quantos trabalhadores estão ganhando esse reajuste os seus empregos?”.

O pior é que essa chantagem do sindicato acontece justamente em um momento muito delicado na saúde. Os hospitais estaduais estão lotados e, sem o apoio dos nossos centros de saúde, a situação ainda pior.

Topázio Neto.

Assista à declaração do prefeito de Florianópolis na íntegra:

Profissionais serão contratados para a saúde

De acordo com o prefeito Topázio Neto, profissionais serão contratados para suprir a demanda dos serviços da saúde. “O sindicato se diz contra o modelo de organização social nas UPAs, mas prova cada vez mais a importância desse modelo de administração. É o que vamos fazer durante a greve: contratar profissionais de fora para não deixar a população sem atendimento”, disse Topázio.

O executivo municipal informou que a preocupação é pela alta demanda, com “hospitais estaduais estão superlotados na cidade”.

“Em caso de não atendimento na atenção primária, os Centros de Saúde e UPAs, a tendência é maior pressão nas emergências estaduais. A Secretaria de Saúde lembra que a UPA Continente não sofrerá interrupções por ser gerida via Organização Social”, informou a prefeitura.

Escolas municipais terão férias antecipadas

As escolas municipais da Capital devem ter as férias antecipadas pela prefeitura. O executivo iniciou os trâmites para antecipar férias escolares em unidades que decidirem por paralisar os serviços. “O objetivo é não prejudicar o ano letivo de milhares de alunos”, afirma a prefeitura.

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