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Manifesto de associações empresariais de SC pede duplicação de trecho da BR-280

Em manifesto, associações destacam importância da rodovia para escoar a produção do Planalto Norte.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Divulgação | Secretaria da Infraestrutura | Governo de SC
Imagem Ilustrativa. Foto: Divulgação | Secretaria da Infraestrutura | Governo de SC

A Facisc e as associações empresariais do Planalto Norte lançaram nesta segunda-feira (14), um Manifesto pela Duplicação da BR-280 na região. A ideia é que empresários e lideranças façam a adesão ao movimento para evidenciar a importância da rodovia. Nesta segunda, aconteceu uma reunião para definir os próximos passos com a participação de cerca de 50 empresários, presidentes, diretores e representantes das empresas.

O vice-presidente Regional da Facisc para o Planalto Norte, Antônio Carlos Tiburske, destacou que são 235 km de extensão que estão no limite. “A situação atual e futura mostra que os movimentos dessa rodovia são extremamente lento e isso vai refletir cada vez mais no nosso desenvolvimento”.

A presidente da Associação Empresarial de Mafra, Valquíria Teixeira Rubbo, explicou que a BR-280 pois é o elo que liga e escoa a produção do Planalto Norte. “As associações do Planalto Norte são a voz que pode lutar pelo desenvolvimento da nossa região”. Uma pesquisa realizada entre o empresariado, destaca que em alguns anos a rodovia vai parar. “O trecho entre Mafra e Rio Negrinho vai entrar em colapso caso não façamos alguma coisa”.

O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, destacou a importância da rodovia para o desenvolvimento de Santa Catarina. “É uma causa justa e temos que nos engajar com isso”.

Confira o manifesto na íntegra:

As entidades abaixo subscritas, lideradas pelas Associações Empresariais da Regional Planalto Norte e organizadas através da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), em busca de melhorias para toda a população catarinense, paranaense e usuários da BR-280, vêm a público para manifestar o seguinte posicionamento:

  • O Planalto Norte conta 14 municípios na região. São quase 10 mil empresas, que geram 88,4 mil empregos diretos. Cerca de 1,2 milhões de pessoas residem nas cidades de Campo Alegre, Canoinhas, Irineópolis, Itaiópolis, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo, Papanduva, Três Barras, Bela Vista do Toldo, Porto União, Rio Negrinho e São Bento do Sul.
  • A BR-280 é um elo que liga e escoa a produção de toda uma região. A colonização e o desenvolvimento do território do Planalto Norte Catarinense é uma realidade formada pelo povo se instalou nessa área, provenientes de diferentes destinos e movidos por diferentes interesses. No Planalto Norte Catarinense a ocupação e a sua colonização foram influenciadas pelo caminho das tropas. Do Sul, por meio da Estrada da Mata, vinham as tropas e os tropeiros em direção às feiras de Sorocaba, que passavam pelas fazendas onde estabeleceram pousos. Como a difusão das atividades tropeiras e da pecuária expansiva, consolidaram-se importantes pontos no Planalto Norte Catarinense, os quais se transformaram em municípios. Desde o início, o Planalto Norte é uma região esquecida, carente de investimentos dos Governos Federal e Estadual e que tem muitos obstáculos para atendimento de suas reais necessidades.
  • A Região se consolidou como uma das mais importantes economicamente em muitos setores, após a permanência dos tropeiros e famílias vindas do Paraná com grande destaque na produção nacional:
  • 5º polo de máquinas e equipamentos
  • 7º polo na Indústria de móveis, de madeira e de metalurgia
  • 8º polo na indústria de fabricação de metal, têxtil, fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.
  • Quando se fala em economia, o Planalto Norte tem o PIB de R$ 10,3 bilhões de reais. Estas cidades juntas tem um faturamento líquido de mais de R$ 40 bilhões. Algumas empresas instaladas no Planalto Norte, situadas entre Porto União e São Bento do Sul, dependem da rodovia BR-280 para escoamento de sua produção. Como a Tuper S/A, Westrock Celulose, Papel e Embalagens, JBS (Seara), Mili, Master Agroindustrial, PK Cables  e grandes cooperativas e cerealistas do estado.
  • A região Planalto Norte tem uma expressiva dependência da BR-280 visto que é por ela que a produção de grãos, madeira e carne é escoada aos portos de Santa Catarina, além de ser a principal ligação com o Aeroporto de Joinville.
  • É inegável o aumento no tráfego de veículos pesados no modal Transporte Rodoviário de Cargas, em especial cereais advindos da região Norte do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul, parte do Grande Oeste Catarinense e do setor madeireiro e papeleiro das indústrias locais. Ao todo, cerca de 1,2 milhão de veículos trafegam por ano na rodovia.
  • A economia da região aponta para um crescimento considerável, com investimentos empresariais em aumento da produtividade, novas e modernas fábricas, tecnologias de ponta e o desenvolvimento de novos produtos.
  • Neste cenário, atual infraestrutura rodoviária disponível já não comporta mais o volume de tráfego existente, fato relatado por algumas empresas, como a NIDEC, grupo japonês que adquiriu a EMBRACO; a JBS, que tem em andamento quatro grandes investimentos; a MILI S.A, que se tornou a maior empresa da América Latina no setor de higiene; a Westrock, que concluiu o maior investimento do Estado no município de Três Barras e centenas de outros investimentos que estão em curso na região do Planalto Norte Catarinense. Segundo as informações somente das empresas mencionadas acima, teremos um aumento de 30% do tráfego de caminhões na rodovia.
  • Além de limitar o desenvolvimento econômico da região e do estado, a atual situação colabora para tornar a BR 280 a quarta rodovia onde mais acontecem acidentes no Estado. Somente em 2021 foram registados 748 acidentes, 938 feridos e 34 mortes. Esses números geram grandes traumas sociais e econômicos. Não podemos ficar parados!

Com todos os motivos acima citados, manifestamos nosso apelo a investimentos adequados e urgentes, efetivando a implantação das terceiras pistas, em locais de alto tráfego (18 km) e sinalização condizente com cada local, como medidas paliativas.

E em nome de todos os que subscrevem este documento pedimos a urgente DUPLICAÇÃO DA BR-280 para que além de desenvolvimento socioeconômico, vidas sejam preservadas.

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