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Paralisação e bloqueios

Entenda o que deu início a greve dos caminhoneiros

Fatos que envolvem os atos do 7 de setembro e foragido na liderança; entenda

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Redes Sociais / Reprodução
Foto: Redes Sociais / Reprodução

SBT News reuniu informações e detalha os fatos que envolvem a prisão do cantor Sérgio Reis, convocações de atos para as comemorações de 7 de Setembro e a liderança de um foragido da Justiça.

Como iniciou o movimento das paralisações de caminhoneiros desta semana?

As primeiras informações de uma possível paralisação de caminhoneiros na semana da Pátria surgiram com as convocações de atos do 7 de setembro. Em grupos bolsonaristas mensagens sugeriam apoio dos caminhoneiros aos atos de 7 de setembro e paralisações. Lideranças formais dos motoristas negavam a greve, mas a informação de “travar o país” viralizou nas redes sociais e WhatsApp.

As mensagens apontavam o jurista Ives Gandra Martins como incentivador da greve, mas o advogado negou qualquer participação.

Em 20 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal a Polícia Federal cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em operação que apurava o crime de incitar a população nas redes sociais de atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes. Entre os suspeitos estavam o cantor Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o caminhoneiro conhecido como Zé Trovão.

Mesmo com o inquérito judicial, o caminhoneiro Zé Trovão – foragido até hoje – continuou incentivando a paralisação dos caminhoneiros e criticando a atuação do Poder Judiciário. Recentemente, chegou a questionar o áudio do presidente Jair Bolsonaro pedindo que os motoristas recuassem da paralisação nas rodovias do país. 

Outras paralisações 

Em maio de 2018,durante o governo de Michel Temer, o país viveu a maior paralisação dos caminhoneiros, que gerou desabastecimento de combustíveis em todo o País. A greve foi atribuída a suspeitas de locaute – quando os patrões, e não os trabalhadores, é que lideram a paralisação e impedem os empregados de exercer suas atividades. Diferentemente da greve, que tem amparo na Constituição, o locaute é proibido por lei.

Em 2015, os caminhoneiros também organizaram greves em vários Estados a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

A atual paralisação em setembro de 2021, apoia pautas do presidente Jair Bolsonaro reforçadas nos atos de 7 de setembro e criticam os governadores pelos aumentos dos combustíveis.

A expectativa nesta quinta-feira (9) é que o presidente Jair Bolsonaro converse com caminhoneiros que estão paralisados em várias partes do país. Ainda não há confirmação se Bolsonaro irá à Esplanada dos Ministérios – ainda fechada em Brasília desde 7 de setembro – ou se os caminhoneiros irão ao encontro do presidente.

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