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quadro estável

Tony Ramos se recupera de segunda cirurgia para conter sangramento craniano

Boletim médico diz que quadro de ator é estável

• Atualizado

Agência Brasil

Por Agência Brasil

SBT News

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Foto: Reprodução.
Foto: Reprodução.

O ator Tony Ramos está em recuperação de uma segunda cirurgia, feita após apresentar coágulos que formaram um novo sangramento intracraniano, informa boletim médico divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Hospital Samaritano de Botafogo.

A segunda cirurgia foi feita no domingo (19) pela equipe do neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho. Uma tomografia computadorizada feita na manhã de hoje indicou que o ator, de 75 anos, apresenta quadro de saúde estável, está lúcido, acordado e respira sem o auxílio de aparelhos.

Tony Ramos, que tem 75 anos, foi internado no Hospital Samaritano na última quinta-feira (16) com sangramento no cérebro e foi submetido a uma cirurgia para drenagem de hematoma subdural.

O hematoma subdural é um acúmulo de sangue entre o cérebro e seu revestimento externo, o crânio. Esta condição é uma emergência médica e deve ser tratada imediatamente.

A principal causa do hematoma subdural é uma pancada forte na cabeça, que faz com que os vasos sanguíneos estourem, gerando acúmulo de sangue na cabeça, o que pressiona o cérebro, podendo causar sequelas. Pessoas com mais idade, que usam medicamentos que afinam o sangue, ou que abusam do uso de bebidas alcoólicas têm risco maior e são mais suscetíveis ao hematoma subdural após uma pancada.

Os sintomas do hematoma subdural são similares aos de qualquer ferimento na cabeça. A pessoa pode apresentar dor de cabeça intensa, confusão mental, vômitos e fala arrastada, imediatamente ou depois de alguns dias da pancada. Dependendo da pancada, a pessoa pode entrar em coma. O hematoma subdural pode ocorrer, em alguns casos, sem apresentar sintomas.

Sangramento intracraniano: saiba a causa e como prevenir

Tony Ramos se recupera de segunda cirurgia para conter sangramento craniano
Foto: SBT News/Reprodução.

Na última semana, o ator Tony Ramos e o ex-assistente de palco de Silvio Santos, Roque Vieira, sofreram com sangramento intracraniano, uma condição emergencial. Conforme informações do SBT News, os dois seguem internados com quadro estável.

O ator de 75 anos foi hospitalizado na quinta-feira (16) e passou por uma cirurgia para estancar o sangramento na região entre o crânio e o cérebro. No último domingo (19), foi submetido a uma nova cirurgia após apresentar hematomas intracranianos, também conhecidos, nesse caso, como hematomas subdurais.

De acordo com o neurologista Flavio Augusto Sekeff, esse tipo de hematoma costuma ser localizado em uma parte específica do crânio. “O sangramento cerebral é potencialmente fatal: depende do local e da quantidade. Muitas vezes ele necessita de cirurgias para descompressão craniana”, explica.

Nos quadros agudos, há a formação de coágulo no cérebro, o que pode fazer com que vasos sanguíneos estourem. A condição pode ser gerada por um traumatismo craniano que, por sua vez, pode ser causado por uma queda.

No entanto, o sangramento intracraniano também pode ser crônico e se desenvolver ao longo de dias ou semanas, após pequenas batidas na cabeça, hipertensão ou má formação vascular. No caso de hemorragias desenvolvidas por hipertensão, a prevenção passa pelo controle da pressão arterial. Os cuidados são ainda mais importantes com o avanço da idade, porque as veias do cérebro se tornam mais frágeis. Por isso os casos de sangramento intracraniano são mais frequentes em pacientes idosos, segundo artigo da Sociedade Escocesa de Radiologia.

“Dor de cabeça nova, que o paciente nunca teve igual, intensa, a ‘pior da vida’, pode ser um sinal de atenção para pessoas que não são hipertensas. Já para quem tem hipertensão acima de 40 anos, qualquer dor de cabeça mais frequente pode ser um alerta”, explica.

Diretor de auditório do SBT, Roque, de 87 anos, apresentou sangramento na parte frontal do cérebro, segundo informações de boletins médicos divulgados até o momento. Em outubro de 2023, ele foi internado para realizar um cateterismo cardíaco.

Dados do Data SUS mostram que mais de 34 mil pessoas foram internadas com hemorragia intracraniana apenas em hospitais da rede pública de saúde brasileira em 2023. Desse total, pouco mais de 20% das pessoas morreram.

Quais são os sintomas?

O sangramento intracraniano e o hematoma subdural podem não apresentar sintomas, o que torna o diagnóstico mais difícil, mas os mais comuns são:

  • Dor de cabeça intensa de surgimento repentino;
  • Formigamento e dormência;
  • Confusão mental;
  • Vômito;
  • Mudança de humor;
  • Fala arrastada;
  • Apatia;
  • Sonolência excessiva

*Em casos mais raros, o paciente pode entrar em coma.

Diagnóstico e tratamento

Inicialmente, é necessário entender as causas do sangramento: traumas, hipertensão ou má formação. Depois disso, é indicado o tratamento mais adequado para cada quadro clínico. Caso o hematoma subdural seja de pequeno porte ou não apresente sintomas, é necessário que a pessoa tenha um acompanhamento médico para verificar se ela está sumindo. Isso pode ser feito por exames como ressonância magnética ou tomografia computadorizada.

Caso a pessoa faça o uso de aspirina ou anticoagulante durante o tratamento, ele deve ser suspenso, de acordo com o neurocirurgião, Egmond Alves. Segundo a Rede D’Or, para os casos mais graves, há necessidade de intervenções cirúrgicas: uma drenagem simples, uma craniotomia ou uma craniectomia descompressiva, cirurgias que atuam para diminuir pressão do cérebro.

Evitar quedas

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, do Ministério da Saúde, lista 11 medidas de prevenção de quedas, que muitas vezes estão ligadas a sangramentos intracranianos. São elas:

  • Evitar tapetes soltos;
  • Escadas e corredores devem ter corrimão nos dois lados;
  • Usar sapatos fechados com solado de borracha;
  • Colocar tapete antiderrapante no banheiro;
  • Evitar andar em áreas com piso úmido;
  • Evitar encerar a casa;
  • Evitar móveis e objetos espalhados pela casa;
  • Deixar uma luz acesa à noite, para o caso de precisar se levantar;
  • Esperar que o ônibus pare completamente para você subir ou descer;
  • Utilizar sempre a faixa de pedestre;
  • Se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.

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