Saiba como onda de frio que deve chegar a SC se compara às piores da história
Massa de ar polar deve ser a mais forte do inverno de 2021, se igualando e até superando massas que atuaram em julho dos anos 2000 e 2013
• Atualizado
No decorrer da terça-feira (27) uma frente fria avança em SC, provocando chuva e na sequência há previsão de declínio acentuado de temperatura, com a chegada de uma nova e intensa massa de ar frio. Se a previsão confirmar, a massa de ar polar deve ser a mais forte do inverno de 2021, se igualando e até superando massas que atuaram em julho dos anos 2000 e 2013, e vai deixar a temperatura baixa nos últimos dias de julho.
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Há a previsão de quebra de recorde de temperatura mensal e absoluto (registro de toda série histórica) na maioria das regiões, temperatura negativa com geada generalizada em SC. Setores como agricultura, pecuária, piscicultura e carcinicultura também podem ser afetados devido ao frio intenso. Não se descarta a possibilidade de chuva congelada.
De acordo com a MetSul Meteorologia essa será a “terceira massa de ar frio de origem polar de grande intensidade em apenas um mês no Brasil, o que é pouco comum, e as consequências econômicas já graves impostas pela temperatura baixa e geada nos dois primeiros episódios gelados tendem a agravar ainda mais as perdas registradas no campo com impacto em milho, cana de açúcar, café, e o setor hortifrutigranjeiro”.
“Impressão digital”
Em texto publicado nesse sábado (24), o MetSul destaca que cada onda de frio é única, tem sua própria “impressão digitais”, sendo difícil compará-las. Entretanto, a empresa aborda que é possível fazer uma avaliação da magnitude de cada evento de frio extremo e relembra os principais períodos de frio extremo.
A empresa realizou um compilado de eventos climáticos de frio extremo que você pode conferir a seguir:
Confira o texto do MetSul com histórico de onda de frio:
Estações com histórico longo, de até um século de dados, tiveram marcas históricas na onda de frio de 2012. Em Torres, a mínima de -0,2°C na onda de frio de 2012 foi a menor temperatura registrada na cidade desde o começo do monitoramento pelo Inmet em 1913, superando inclusive registros antigos da estação convencional da cidade.
Em Cruz Alta, a marca de -4,8°C registrada pela estação automática foi o menor registro na cidade desde o início do monitoramento do Inmet, em dados da própria automática e da estação convencional. Em Passo Fundo os -2,6°C da estação automática fora à época a menor temperatura registrada na mesma desde os -3,2°C de 25 de julho de 2009. A mínima de 2012 de -4,0°C em São Gabriel foi a menor desde a instalação da mesma em 2007.
Na fronteira com o Uruguai, a estação automática de Quaraí apontou -6,3°C em 2012, o menor registro então desde sua instalação em 2007, superando os -5°C registrados em 4 de julho de 2011. Em Uruguaiana, a automática apontou -3,3°C que foi a sua menor temperatura desde a instalação desta em 2006.
A mínima em 2012 de Uruguaiana bateu os -3,2°C registrados por estação convencional em 14 de julho de 2000. Em Alegrete, a mínima registrada pela automática em 2012 foi de -3,8°C, a menor temperatura registrada na cidade desde 17 de julho 1971, quando fez -4,1°C em registro de estação convencional.
No extremo Sul gaúcho, a automática do Chuí apontou -1,4°C, menor temperatura até então desde a instalação da estação. Em Rio Grande, a mínima de -0,5°C em 2012 foi a menor temperatura desde a instalação da estação automática em 2007 e a segunda menor temperatura já registrada na cidade, só atrás dos -0,6°C aferidos em 30 de julho de 2009, em 10 de julho de 1945 e 2 de junho de 1925.
Na área central do Estado, a mínima de 0,2ºC abaixo de zero em Rio Pardo, foi a menor desde os -0,5°C de 26 de julho de 2009. Em Santa Maria, a marca de -1,8°C de 2012 foi a menor registrada pela automática desde 25 de julho de 2009, quando fez -2,1°C.
Na Serra, Bom Jesus teve -4,2°C no dia 7 de junho, o menor registro da convencional desde os -5,0°C registrados em 25 de julho de 2009. A vizinha São José dos Ausentes que conta com estação automática desde 2007 teve -5,5°C, a menor então desde a instalação do ponto de medição.
O inverno de 2013 teve duas ondas polares com grande quantidade de neve, uma no mês de julho e outra em agosto. Nevou nos três estados do Sul nos dois episódios. O evento de julho trouxe neve para mais de uma centena de municípios de Santa Catarina e do Paraná e chegou a cair neve em ponto de Curitiba.
A acumulação marcou o evento com muitos municípios catarinenses e paranaenses que ficaram brancos. Os morros da Grande Florianópolis tiveram seus cumes nevados, oferecendo uma paisagem única.
Já em agosto a neve foi mais forte na Serra Gaúcha e nos Campos de Cima da Serra. A grande quantidade de neve que caiu permitiu que houvesse acumulação e o Nordeste do Rio Grande do Sul se pintou de branco. Foi a maior nevada deste século no Rio Grande do Sul e a de maior acumulação desde julho de 1994.
Os dados indicam neve nesta onda de frio para os três estados do Sul, entretanto hoje os modelos numéricos não sinalizam a possibilidade de que haja um evento de neve com tamanha dimensão como nos dois eventos do inverno de 2013.
Com informações de MetSul Meteorologia
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