Reservatórios de hidrelétricas devem alcançar o pior nível desde 2000
Em nota, a ONS informou que o país enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos
• Atualizado
O nível de água dos reservatórios de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste pode chegar a 10,3% em novembro, o menor índice para o mês desde 2000. Segundo o diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, mesmo com as ações elaboradas pelo governo federal e por órgãos do setor, a situação é preocupante.
O diretor afirma, no entanto, que não há riscos para o abastecimento de energia.
“Não teremos nenhum problema de energia ou de potência ao final de novembro de 2021. A gente espera que nessa data a estação chuvosa já tenha chegado e a situação seja amenizada. A situação é preocupante, mas foi identificada tempestivamente, desde setembro do ano passado estamos trabalhando intensamente e com essas ações a gente garante chegar ao final do ano com energia e potência necessárias para o consumo da sociedade brasileira”, destacaou Ciocchi em audiência pública na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados, realizada na última 3ª feira (20).
Em nota, a ONS informou que o país enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos. E para evitar problemas na distribuição de energia elétrica no Brasil, diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e já estão em curso.
Entre as ações destacam-se a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná, o aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas e a importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia.
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Ministério diz que setor de energia trabalha para evitar racionamento
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que as instituições do setor energético têm trabalhado “incessantemente” para garantir que não haja risco de racionamento de energia no país, por conta da crise hidrológica.
“As instituições do setor energético continuam trabalhando, incessantemente, para o provimento da segurança energética no ano que se deflagrou a pior hidrologia de toda a série histórica de 91 anos”, disse a pasta, em nota.
O problema também tem sido discutido na sala de situação do governo federal, criada para tratar da questão, com a participação de diversos órgãos da administração pública.
“Assim, com a atuação tempestiva de todos os envolvidos e considerando o quanto o setor elétrico brasileiro evoluiu, é que o governo federal, inclusive em coordenação com os entes federativos, vem explorando todas as medidas ao seu alcance que nos permitirão passar o período seco de 2021 sem impor aos brasileiros um programa de racionamento de energia elétrica”, afirmou a pasta.
A nota foi publicada no último sábado (12), após matéria do jornal O Estado de São Paulo informando que o governo prepara uma medida provisória (MP) que abre a possibilidade de adoção de um programa de racionamento de energia no Brasil.
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