El Niño influencia o tempo em Santa Catarina pelo menos até março
Monitoramento da Secretaria de Proteção e Defesa Civil alerta para influência persistente do fenômeno durante a estação
• Atualizado
O monitoramento da Secretaria de Proteção e Defesa Civil aponta que o fenômeno El Niño deve seguir atuante e influenciando a região Sul do Brasil ao longo de todo o verão de 2024.
Janeiro, fevereiro e março devem ter um período em que as chuvas vão ficar dentro ou até abaixo da média a depender da região do estado. E ainda, as temperaturas devem ficar acima da média para todo o trimestre.
Já a partir do final de março, algumas frentes frias começam a influenciar nas temperaturas em Santa Catarina:
“A partir de março, abril a gente começa a entrar já na estação do outono. É esperado que algumas frentes frias, algumas massas de ar frio comecem a ingressar e a influenciar o tempo aqui no nosso estado. A partir desse período já é normal que tenhamos uma diminuição das temperaturas com relação aos meses anteriores e partindo pro outono e pro inverno com as massas de ar ficando inclusive mais frequentes”, explica o meteorologista-chefe da Secretaria, Felipe Theodorovitz
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El Niño e La Niña
Os dois são fenômenos de escala global que trazem algum tipo de impacto para todas as regiões do planeta. Isso mexe com padrões de temperatura e de chuvas.
O El Niño age tornando as águas do Oceano Pacífico Equatorial mais aquecidas e também altera o padrão de circulação dos ventos na atmosfera.
“Já na La Niña ocorre justamente o contrário: as águas do Oceano Pacífico Equatorial ficam mais resfriadas do que o normal e esse resfriamento também altera o padrão de circulação dos ventos na atmosfera. E aqui em Santa Catarina, a tendência é que a gente tenha uma frequência menor das chuvas e também a intensidade desses volumes tendem a diminuir”, explica Theodorovitz, lembrando que isso não significa que as chuvas não ocorram, mas representa períodos mais prolongados de estiagem.
Impactos dos fenômenos climáticos
Entre 2019 e o início de 2023 houve uma influência de uma La Niña que acabou favorecendo um período prolongado de estiagem, principalmente no grande Oeste Catarinense.
“Já ao longo de 2023 nós passamos por um período de transição em que as águas do Oceano Pacifico Equatorial voltaram ao período de neutralidade, voltaram ao normal. E a partir do mês de junho, julho, os oceanos voltaram a ficar mais aquecidos e a influência aqui pra região Sul do Brasil e Santa Catarina começou a ser sentida já no segundo semestre de 2023. Não por acaso, no mês de outubro e novembro nós tivemos grandes volumes de chuva sendo observados durante um período prolongado de quase dois meses de chuvas, bastante volumosas e frequentes no nosso estado”, finalizou o meteorologista.
*Escrito sob supervisão de Giovanna Pacheco.
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