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Muito quente!

El Niño deve continuar elevando a temperatura a nível recorde até 2024

Previsão de órgão de meteorologia ligado à ONU é de que fenômeno climático deve durar até abril do ano que vem

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: NOAA | Reprodução
Foto: NOAA | Reprodução

O fenômeno El Niño deve continuar elevando as temperaturas até abril de 2024. Previsão foi trazida pela Organização Metereológica Mundial (OMN) nesta quarta-feira (8).

O órgão, ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), informou que há 90% de probabilidade de que o fenômeno continue durante o inverno do Hemisfério Norte. O ano de 2023 já está a caminho de ser o ano mais quente já registrado, tanto segundo projeções da OMN, quanto de cientistas do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia (UE).

“Quando combinamos todos os dados, os registros globais de temperatura do ar, de temperatura da superfície do mar, de gelo marinho, todas essas indicações nos mostram que nosso clima está mudando em um ritmo muito rápido. Podemos dizer com virtual certeza que 2023 será o ano mais quente já registrado”, disse a vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da UE, Samantha Burgess.

A avaliação foi publicada poucas semanas antes da Conferência sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), que será realizada entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai. O encontro reúne quase 200 países e tem como objetivo desenvolver medidas precisas para preservar o meio ambiente e impedir que a temperatura global suba mais de 2ºC. 

Isso porque o Acordo de Paris estabelece metas de longo prazo para orientar as nações a reduzir substancialmente as emissões globais de gases de efeito estufa para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC até 2100. A meta, no entanto, conseguirá ser cumprida apenas se os os países conseguirem reduzir as emissões significativamente até 2030.

Caso o objetivo não seja alcançado, cientistas alertam que o mundo terá cada vez mais eventos climáticos extremos, como chuvas fortes e ondas de calor severas, aumentando as destruições por inundações e incêndios florestais. O rápido derretimento das geleiras também aumentará o nível do mar, fazendo com que cidades costeiras desapareçam completamente.

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