Cotidiano Compartilhar
temporal no Vale

Defesa Civil confirma registro de microexplosão em Timbó; entenda o fenômeno meteorológico

Tempestade causou quedas de árvores em vias públicas e residências, além de destelhamentos

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Defesa Civil de Timbó.
Foto: Defesa Civil de Timbó.

A forte chuva desta quinta-feira (11) deixou um rastro de destruição e medo, principalmente, nas regiões do Vale do Itajaí e Litoral Norte do Estado. A tempestade ocorreu entre às 17h50 e 18h40 e pegou muitas pessoas desprevenidas. Em Timbó, no Médio Vale, uma tempestade severa passou pelo município, provocando uma microexplosão e causando quedas de árvores em vias públicas e residências, além de destelhamentos.

Entenda o que é uma microexplosão

Ela ocorre quando uma nuvem de chuva chega a sua capacidade máxima e libera a água toda de uma vez. De acordo com o site Mata Nativa, a microexplosão também está relacionada a fortes correntes de ar. Durante o fenômeno, os ventos se espalham horizontalmente percorrendo longas distâncias em um curto período de tempo.

Em Timbó, a estação meteorológica da Defesa Civil registrou rajadas de 82,8 km/h às 16h35. Veja algumas imagens da região atingida.

Figura 1. Destelhamentos em Timbó (a), deslizamento em Brusque (b) e alagamento em Corupá (c). Fotos: Defesas Civis municipais.

O que diz a Defesa Civil

Na imagem de satélite abaixo, é possível identificar fortes instabilidades entre o Vale do Itajaí e o Litoral Norte, caracterizadas pelo alto desenvolvimento vertical e pelas baixas temperaturas dos topos das nuvens. Dentro desta área, se encontravam as células de tempestade responsáveis pelos danos e pelos altos volumes de chuva registrados.

Figura 2. Imagem de satélite GOES-16, canal infravermelho realçado, às 16h30 (horário local). Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina.

Nas imagens do radar meteorológico de Lontras, no Vale do Itajaí, é possível observar uma tempestade com altos valores de refletividade sobre Timbó (município identificado pelo círculo amarelo na Figura 3 (a)), que indica um desenvolvimento profundo da célula convectiva. Também foram observados altos valores de VIL (Vertically integrated liquid) (Figura 3 (c)), produto que estima a quantidade de água líquida dentro da camada, por volta de 40 mm. Em 15 minutos, o VIL caiu para valores próximos de 10 mm (Figura 3 (d)), sendo uma rápida diminuição deste valor uma das assinaturas de microexplosões.

Na Figura 3 (b), o produto SWI (Severe Weather Indicator) indicou a presença de um mesociclone e uma região de BWER (Bounded weak echo region), isto é, assinatura no radar associada a intenso movimento ascendente, comumente encontradas em tempestades severas. O produto também indicou a presença de uma microexplosão (círculo e triângulo rosas) às 17h (horário local).

Figura 3. Imagens do radar meteorológico de Lontras, campos de: (a) Refletividade (dBZ), às 16h41, (b) SWI – Severe Weather Indicator às 17h e VIL – Vertically integrated liquid, às 16h32 (c) e 16h41 (d).

Precauções e cuidados

A Defesa Civil recomenda que, em situações de tempestades severas como as microexplosões, o cidadão busque se abrigar em local seguro, desligue aparelhos elétricos e fique em um cômodo de alvenaria, se possível. Se estiver no trânsito, pare o carro longe de postes e árvores. Se estiver em local descoberto, procure proteger a cabeça de objetos que podem ser arremessados pelo vento.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no TwitterInstagram e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.