Salários da Polícia Federal chegarão a R$ 41 mil após acordo com governo Lula
Reajuste foi dado a delegados e agentes da PF e da PRF, servidores administrativos das polícias ficaram sem aumento
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O governo federal assinou, nesta quinta-feira (28), um acordo de reajuste salarial para a área de segurança pública federal. Foram contempladas carreiras da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Com o aumento, o salário pode chegar a R$ 41 mil, no fim da carreira. Atualmente, o teto do funcionalismo público é de R$ 41,6 mil.
Os aumentos salariais serão feitos em três parcelas: uma em agosto de 2024 e outras duas em maio de 2025 e de 2026. Com isso, delegados e peritos de classe especial terão um reajuste de 22,5%.
Quanto cada carreira vai ganhar
As carreiras de delegados e peritos de terceira classe da PF passarão a receber R$ 26 mil em 2024, enquanto os da classe especial terão vencimentos de quase R$ 35 mil. Até 2026 os delegados e perigos especiais receberão R$ 41,3 mil.
Os escrivães e agentes papiloscopistas de terceira classe terão salário fixado em R$ 13.9 mil em 2024 e os servidores de classe especial vão receber R$ 20,9 mil. Em 2026, os salários serão de R$ 14,7 mil (7,8%) e R$ 25,2 mil (24,2%), respectivamente.
No caso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a negociação firmada prevê pagamento inicial de R$ 11,1 mil e no final R$ 18,5 mil. No topo da PRF o salário alcançará R$ 23 mil, um aumento de R$ 27,4%.
Servidores administrativos da PF sem reajuste
Apesar da correção salarial para os agentes, a PF não teve sucesso na demanda de reajuste dos vencimentos dos servidores administrativos, o que foi lamentado por lideranças sindicais da PF.
“O acordo entre a Polícia Federal e o governo, depois da nova proposta do Ministério da Gestão e Inovação, é um avanço significativo para os policiais federais, que há tempos aguardavam o devido reconhecimento de seus esforços. O apoio incondicional da direção-geral da PF e a união das entidades de classe também foram fundamentais para um desfecho positivo. Por outro lado, lamentamos o fato dos servidores administrativos terem ficado de fora do acordo e que aumento da 3ª classe tenho sido inferior ao do Executivo geral, o que enfraquece o sentido de valorização uniforme da Polícia Federal”, disse Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).
Segundo a secretária adjunta de Relações de Trabalho, Meri Lucas, o reajuste é a conclusão de um processo de diálogo e negociação entre as partes, que foi possível através da reabertura da mesa de negociação. “O que a gente acredita é na construção conjunta. Acreditamos no diálogo. É por isso que reabrimos a Mesa Nacional de Negociação Permanente já no início do governo Lula e, em seguida, começamos o diálogo com as carreiras por meio das mesas específicas e temporárias”, disse.
Demais servidores federais
Durante a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), em março, foi assinado acordo que resultou em 9% de reajuste salarial para todos os servidores públicos federais e aumento de 43,6% no auxílio-alimentação, que passou de R$ 458 para R$ 658. Na reunião da MNNP do último dia 18 foi apresentada outra proposta com reajuste de 51,9% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando de R$ 650 para R$ 1 mil.
Também foi acordado aumento na assistência à saúde complementar per capita média (“auxílio-saúde”), que hoje é de R$ 144,38, para em torno de R$ 215. E, ainda, acréscimo na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”), que passa de R$ 321 para R$ 484,90.
Os servidores do Executivo receberão ainda outro reajuste de 9% em duas parcelas, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.
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