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Cheias no RS

RS tem mais de 800 casos suspeitos de leptospirose em análise

Testes são feitos de forma gratuita pelo Lacen

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Itamar Aguiar/Ascom SES.
Foto: Itamar Aguiar/Ascom SES.

Nesta sexta-feira (24), o Governo do Rio Grande do Sul confirmou que mais 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose estão sendo analisadas.

O Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS), que é vinculado à Secretaria da Saúde (SES) é o responsável pelas análises. O serviço acompanha o crescimento no número de ocorrências devido ao grande período de cheias e ao aumento da exposição à doença pela população.

Conforme o Governo, o laboratório dispõe de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR) e o diagnóstico sorológico. Ambas testagens são feitas de forma gratuita.

“A realização dos exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente, e de forma gratuita”, ressalta a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm. A instituição está operando de forma integral e recebe amostras das 7h às 19h.

O método RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente e é recomendado para amostras coletadas nos primeiros sete dias de sintomas.

Já o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para análise das amostras de pacientes que apresentam sintomas há sete dias ou mais.

Segundo dados atualizados na quinta-feira (23), já são 1.072 notificações e 54 casos confirmados de leptospirose no Rio Grande do Sul. Até aquele momento, o Estado havia contabilizado quatro casos de mortes e outros quatro óbitos em investigação.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados. O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra, se imersa por longos períodos em água contaminada, além de por meio de mucosas.

O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.

Ao apresentar os sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar a exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento.

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