‘Reclusa dentro de casa’: após caso judicial, saiba como está Mari Ferrer
Longe da internet, o paradeiro da jovem se tornou público após uma publicação feita no Instagram
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Pouco se sabe sobre a vida de Mariana Ferrer, que ganhou visibilidade por conta de um caso judicial amplamente noticiado, em 2018. À época, denunciou ter sido vítima de estupro, em uma balada, em Florianópolis. Neste domingo (15), a jovem voltou às redes sociais e vários questionamentos sobre como ela está atualmente foram feitos.
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Mariana Ferrer denunciou ter sido vítima de estupro, praticado por um empresário, em uma casa noturna em Florianópolis, Capital de Santa Catarina, quando tinha 21 anos.
O caso ganhou destaque não somente pela história tocante e pelas alegações de estupro, mas também pela forma como o crime foi tratado judicialmente.
A situação foi amplamente divulgada e debatida na internet, inúmeros famosos e artistas saíram em defesa da jovem e participaram da campanha #JustiçaPorMariFerrer. Apesar disso, em 2019, o acusado foi absolvido pelo Tribunal.
Atualmente, Mari Ferrer aguarda justiça no processo criminal de estupro de vulnerável, que está em fase de recurso nos Tribunais Superiores.
Como está Mari Ferrer após anos do relato de violência
Longe da internet e das mídias sociais, a vida de Mari Ferrer é discreta. O paradeiro da jovem somente se tornou público após uma publicação feita no Instagram, na tarde deste domingo (15).
No próprio perfil, Mariana publicou um vídeo em que traz o ponto de vista de uma pessoa que passou por momentos traumáticos e que busca, diariamente, enfrentar os próprios dilemas e medos. Uma carta aberta para si mesma, de força.
A publicação teve mais de 5 mil comentários. Entre os motivacionais, críticos, ácidos, e até relatos de outros internautas que passaram por crimes de violência sexual, muitas pessoas mostraram interesse em saber como está Mariana Ferrer, anos após ter a vida virada de ponta cabeça.
Mariana Ferrer, agora com 27 anos, mora em Minas Gerais, Estado de nascença, e onde atualmente realiza um estágio no Ministério Público. A jovem cursa graduação em Direito.
Uma publicação feita pelo órgão público, pelo olhar da mãe, traz detalhes sobre a estudante.
“Mariana Ferrer é orgulhosamente mineira. Seu caso comoveu não apenas Minas, mas todo o país, devido à violência institucional e psicológica sofrida durante a persecução penal do crime que a vitimou, pois além da violência sexual sofrida, sofre com a mais grave de todas as violências, essa por sua vez, pelo Estado: a revitimização secundária”, diz a publicação do Ministério Público.
O texto acrescenta que Ferrer era uma menina sonhadora, alegre e sociável, mas isso tudo mudou após ser dopada e violentada.
“Ferrer se fecha para o mundo e mesmo quase 6 anos depois do crime vive reclusa dentro de casa, estudando e estagiando de forma integralmente virtual”, detalha o órgão.
A jovem foi diagnosticada com síndrome do pânico, estresse pós-traumático, fobia social, terror noturno e depressão.
Mariana Ferrer convive somente com familiares mais próximos, enquanto busca superar os efeitos da violência sexual e de outros crimes que sofreu durante o processo criminal.
“Sonha que, com a sua futura profissão, possa proporcionar a todas as vítimas de crimes contra a dignidade sexual, o acolhimento e proteção que não teve antes, mas que pontua que agora tem tido”, acrescenta o Ministério Público de Minas Gerais.
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