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"não tinha paz, só angústia"

Polícia descarta maus-tratos em caso de bebê recém-nascido no bolso do jaleco; mãe questiona decisão

Caso ocorreu no dia 14 de agosto de 2023

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Reprodução Instagram, Osmar Teixeira. Via Abre o Olho Notícias.
Foto: Reprodução Instagram, Osmar Teixeira. Via Abre o Olho Notícias.

A Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente – DPCAMI de Itajaí, concluiu o inquérito que apurava o caso do vídeo postado por funcionária do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen fazendo uma dancinha com um bebê recém-nascido no bolso do uniforme. A repórter do SCC – SBT, Christiane Pinheiro, entrou em contato com a assessoria da PC, foi estabelecido que a criança foi exposta a vexame ou constrangimento, configurando o artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Caso ocorreu no dia 14 de agosto de 2023.

Para este crime a pena é de até 2 anos, mas o caso depende do julgamento ainda. A Polícia Civil não esclareceu se somente a fisioterapeuta será punida ou também as demais pessoas que estavam na sala quando o vídeo foi gravado. Todos foram demitidos do hospital, após o vídeo viralizar.

No entanto, a mãe do bebê se posicionou sobre a decisão nas redes sociais nesta sexta-feira (02). Em um post, ela se diz indignada pois o inquérito descartou maus-tratos. “Descartam maus tratos ? Então se tivesse morrido era mal trato ? Se tivesse quebrado uma perna um braço era mal trato ? Como não teve nenhum machucado descartam essa possibilidade?”, escreveu ela.

Ela ainda continuou dizendo que “O papel de uma fisioterapeuta é ajudar no desenvolvimento do bebe, Nós pais pra entrar na UTI neonatal do Hospital temos que lavar as mãos, passar álcool, por touca e avental Não pode entrar com celular, tem uma placa dizendo isso bem na entrada. Ela tava com o celular pessoal dela, gravou o vídeo com mas pessoas na sala, rindo e achando graça de um absurdo desses, e ainda publicou na rede social dela sem nem cobrir o rostinho do meu neném”, disse. Em outro trecho ela relembra, “Foram 41 dias indo e vindo do hospital, não tive resguardo, não dormia, não comia, não tinha paz, só angústia, ansiedade”, ressaltou.

No post ela pede a ajuda de outras mães para que a decisão seja alterada. A publicação já conta com diversas curtidas e comentários. Leia o relato completo.

O Ministério Público de Santa Catarina não quis se pronunciar sobre o caso, pois o mesmo tramita em Segredo de Justiça, pois se trata de um menor de idade. A advogada da família também não comentou o caso pelo mesmo motivo.

Relembre o caso:

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