Pesquisa aponta desigualdade no acesso à internet por mulheres
Diversidade de aparelhos e oferta de cursos online compõem o contraste
• Atualizado
Um levantamento feito pelo Cetc.br mostra que há uma série de desigualdades no acesso à internet no Brasil. Entre elas, está o tipo de equipamento pelo qual se acessa a rede, sendo múltiplo entre os homens, com alcance a diferentes dispositivos, e limitado entre as mulheres, com a maioria de acessos por um único aparelho.
De acordo com o estudo, mulheres negras acessaram a internet exclusivamente pelo telefone celular (67%) em maiores proporções que homens brancos (42%). Ao mesmo tempo, elas fizeram transações financeiras (37%) e serviços públicos (31%) em proporções inferiores às de homens brancos (51%, 49%, respectivamente).
A desigualdade está também na formação. No total, 18% das mulheres negras participaram de cursos pela internet, ante 30% de homens brancos. Uma pesquisa da plataforma Melhor Plano também revelou que 19,81% do grupo feminino fez cursos a distância durante a pandemia em 2020. Esse percentual foi de 22,68% entre os homens.
Em relação ao trabalho, 32,47% das mulheres afirmaram ter usado a internet para as atividades durante o isolamento social. Entre os homens, 44,16% fizeram esse uso. Segundo o levantamento, a baixa proporção de mulheres que trabalham na rede pode estar relacionada à alta concentração da população feminina em trabalhos convencionais, que exigem pouco contato com os espaços online.
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