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Perícia identifica o que fez reservatório da Casan se romper na Capital

Perito responsável detalhou possíveis erros que causaram o rompimento do reservatório no dia 6 de setembro

• Atualizado

Redação

Por Redação

Rompimento de reservatório da Casan no Monte Cristo completa um ano. – Foto: Angélica Varaschini/SCC SBT
Rompimento de reservatório da Casan no Monte Cristo completa um ano. – Foto: Angélica Varaschini/SCC SBT

A comissão mista criada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina para analisar o rompimento de reservatório, no dia 6 de setembro, no bairro Monte Cristo, na Capital, ouviu o perito Cassiano Fachinello Bremm, superintendente regional da Polícia Científica em Florianópolis, na tarde desta terça-feira (21).

A perícia, concluída ainda em outubro, compõe o inquérito policial aberto para investigar o caso. Conforme o perito, ela constatou que houve erros na execução do projeto durante a construção do reservatório por parte da construtora responsável.

Para o perito, com base nas conclusões da Polícia Científica, houve “falha clara de execução do projeto, especialmente na armadura de ligação dos pilares com as cortinas de concreto [paredes]”.

Houve, ainda, falha na fiscalização, pois, conforme Bremm, “o erro era facilmente identificado.”
A falha que seria a principal causa do rompimento, conforme relatado pelo perito, estaria nos estribos, que teriam sido executados de forma errada, com diâmetro menor e espaçamento maior do que o previsto no projeto, e nas barras de negativo, que deveriam ser de 16 milímetros a cada 15 centímetros, mas não foram encontradas durante a perícia da Polícia Científica.

“A gente entende que essa combinação é a causa desse descolamento da parede”, afirmou.

De acordo com o perito, a análise teve como objetivo verificar a dinâmica do rompimento e os danos resultantes, a causa determinante do rompimento, a indicação da autoria para fins de responsabilização e a colaboração com demais forças policiais. Na conclusão, não foram constatados crimes ambientes, porém foram confirmados os danos materiais, inclusive ao patrimônio público.

Sobre a qualidade o concreto utilizado no reservatório, Bremm informou que o material analisado em laboratório apontou resultados não satisfatórios com relação à resistência, mas, para a perícia, mesmo com resistência mais baixa, a qualidade do concreto não seria a causadora do rompimento.

Participaram da reunião desta terça o relator da comissão mista, deputado Mário Motta (PSD); o presidente da comissão, deputado Ivan Naatz (PL); além do vice-presidente Marquito (Psol) e do membro do grupo, deputado Lunelli (MDB).

O perito Cassiano Bremm, superintendente regional da Polícia Científica em Florianópolis, participou da reunião da comissão mista da Alesc | FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

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