“Perda dolorosa”, relata mulher que passou por situação traumatizante em hospital, após sofrer aborto em SC
Para ela, isso se trata de falta de humanização e acolhimento da instituição
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Uma mulher, que prefere não se identificar, está denunciando o Hospital Santo Antônio de Blumenau após sofrer um aborto e não receber o tratamento adequado no local. Ela relata que com oito semanas de gestação recebeu a notícia da morte do bebê e ainda abalada com o luto, precisou ir até a instituição para a retirada do feto.
Após apresentar o laudo médico, ela foi orientada a esperar na recepção, no entanto logo foi informada de que não havia leito disponível para atendimento e que teria que retornar no dia seguinte. Ao voltar, teve que esperar novamente, mas desta vez em uma sala onde podia ver mães com os seus recém-nascidos, escutar outras em trabalho de parto e até ouvir o coração dos bebês através das ultrassonografias que estavam sendo feitas no local.
A mulher relata que a dor do aborto foi ainda maior após não receber acolhimento adequado na instituição. Para ela, isso se trata de falta de humanização e acolhimento do hospital, “Eu estava aguardando em uma situação muito vulnerável. Os funcionários claramente não sabiam lidar com a situação. Eu vi altas médicas de mães que estavam com os seus bebês”, comenta. Ela ainda precisou esperar por dias até poder retirar o feto do seu útero.
Na região do Vale do Itajaí, o Hospital Santo Antônio é a unidade especializada no assunto. Segundo a instituição, os procedimentos técnicos adotados foram conduzidos de acordo com os protocolos clínicos e não foram identificados erros de conduta através do prontuário. “Nós vamos analisar e procurar estratégias para amenizar isso, mas hoje, em virtude do espaço que temos é muito difícil separar este fluxo”, pontua o Dr. Leonardo Rodrigues da Silva.
Assista a matéria completa da repórter Natiele Oliveira para o SCC Meio-Dia:
A gestante que perceber que não foi tratada adequadamente, pode efetuar uma denúncia para o próprio hospital ou clínica a qual foi atendida. Também é possível ligar para a Central de Atendimento à Mulher pelo ‘Disque 180’ ou ainda para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – 0800 701 9656.
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