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Peeling de fenol: farmacêutica diz que influenciadora terminou curso 5 dias após morte de paciente

O homem se submeteu ao procedimento na clínica da influenciadora, mas teve uma parada cardíaca e não resistiu.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Reprodução/Redes sociais
Foto: Reprodução/Redes sociais

A farmacêutica e bioquímica Daniele Stuart, do Paraná, revelou que o curso de peeling de fenol ministrado à influencer Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natália Becker, só foi concluído no último sábado (8), cinco dias após a morte do empresário Henrique da Silva Chagas, de 27 anos.

O homem se submeteu ao procedimento na clínica da influenciadora, na zona sul de São Paulo, mas teve uma parada cardíaca e não resistiu.

“Ela conclui o curso após a data dos fatos para ter um álibi”, disse o advogado de Daniele. Já a defesa de Natalia informa que ela fez o curso em junho do ano passado e que apenas o certificado foi emitido agora.

Daniele ainda afirmou que a influenciadora usou uma concentração de fenol diferente da indicada nas aulas. “O peeling de fenol profundo tem uma concentração maior de fenol, no qual deve haver um monitoramento, porque, quando absorvido no organismo, ele pode causar taquicardia. Eu não ensino profundo, ensino peeling de fenol médio, no qual a concentração é mais baixa, menos da metade do usado no fenol profundo”, disse a farmacêutica.

Para a Sociedade Brasileira de Dermatologia, independentemente da concentração, do método de aplicação e da profundidade atingida na pele, o fenol é uma substância agressiva e pode causar complicações, como problemas cardíacos imprevisíveis.

A entidade defende que o procedimento seja realizado apenas por médicos habilitados, preferencialmente em ambiente hospitalar e com o paciente monitorado por aparelhos.

Mesmo com as alegações da defesa, Daniele Stuart também será investigada. “A Polícia Civil do Paraná já instaurou um inquérito policial para apurar possível exercício ilegal da medicina por parte dessa farmacêutica, uma vez que ela também fazia peeling de fenol nos pacientes. E, além disso, uma possível falsificação de documento particular, tendo em vista a emissão de certificados de cursos por ela ministrados”, diz a delegada que investiga o caso.

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